A coligação do PSD e do CDS terminou no arquipélago da Madeira, confirmou Rui Barreto, líder do CDS-PP na região autónoma. A decisão terá sido tomada por Miguel Albuquerque, o ainda presidente do Governo Regional da Madeira.
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Rui Barreto confirmou ao jornal "Observador" o fim da coligação entre o PSD e o CDS na Madeira. O líder do CDS-PP na Madeira afirmou que foi uma "rescisão sem justa causa" e disse não haver uma "razão objetiva" para o término do acordo. "Discordo, [mas] não guardo nem ódios, nem ressentimentos", referiu ao mesmo jornal.
Barreto afirmou mostrar-se surpreendido com a decisão de Miguel Albuquerque, o ainda presidente do Governo Regional da Madeira, que pediu a demissão no início de fevereiro, por ter sido constituído arguido num alegado caso de corrupção. O governo da Madeira está, neste momento, em gestão.
Só após 24 de março é que o presidente da República pode dissolver o Parlamento da Madeira e convocar eleições, uma vez que a lei impede que essa dissolução aconteça durante seis meses após as eleições. A Madeira foi a votos a 24 de setembro do ano passado.
Na segunda-feira, durante a reunião da comissão política do CDS-PP, no Funchal, Rui Barreto confirmou que não vai candidatar-se à liderança do partido. Lamentou ainda a decisão do PSD Madeira, que vai concorrer sozinho nas eleições regionais da Madeira.
O CDS foi "um fator de estabilidade, de competência, de responsabilidade no Governo Regional da Madeira", disse Rui Barreto ao "Observador". O líder do CDS-PP na Madeira garante, no entanto, que a coligação não fica em causa nas eleições legislativas, de 10 de março, pelo círculo eleitoral da Madeira.