Centenas de polícias no parlamento pelo subsídio de risco e atualização salarial
Centenas de polícias pertencentes ao movimento Zero estão concentrados, esta segunda-feira, em frente à Assembleia da República para exigir a atribuição do subsídio de risco e a atualização salarial.
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Com o lema "hora de agir - unidos somos a tempestade que os atormenta!" a concentração é organizada pelo movimento inorgânico Zero, que surgiu nas redes sociais, e que congrega elementos da PSP e da GNR.
Polícia há nove anos, Correia Gomes, o único elemento que falou à comunicação social, porque a maior parte não quis dar a cara, disse aos jornalistas que os elementos das forças de segurança se sentem desrespeitados e que os problemas se arrastam há décadas.
Entre os principais problemas que os elementos das forças de segurança identificam está a atribuição do subsídio de risco que o governo prometeu até ao final do mês de junho e a atualização dos índices remuneratórios das tabelas salariais.
Nesta concentração estão ainda presentes alguns dirigentes dos sindicatos menos representativos da PSP.
PSP reforça policiamento
A PSP reforçou o policiamento esta tarde junto da Assembleia da República, em Lisboa, onde centenas de elementos das forças de segurança pertencentes ao Movimento Zero iniciaram uma concentração de protesto.
O reforço, com elementos da Unidade Especial de Polícia e equipas de intervenção rápida, foi realizado após alguns dos manifestantes terem vestido os polos de serviço da Polícia de Segurança Pública e Guarda Nacional Republicana.
Alguns elementos da GNR apresentaram-se na manifestação com chapéu de serviço, gritando palavras de ordem como "Cabrita rua", referindo-se ao ministro da Administração Interna, "Movimento Zero" e "Respeito".
A escadaria do parlamento e zonas laterais da Assembleia da República estão protegidas com gradeamentos de metal e blocos.
Protesto abandonou parlamento e voltou para trás
Os elementos das forças de segurança abandonaram, cerca das 15.30 horas, a manifestação junto ao parlamento, alegadamente em direção ao Ministério da Administração Interna, mas a meio do percurso voltaram para trás.
A concentração estava apenas marcada para o parlamento, mas a liderança do Movimento Zero anunciou ao princípio da tarde que ia deslocar o protesto para o Ministério da Administração Interna, na praça do Comércio, apesar de não ter autorização.
O percurso foi iniciado pela avenida D. Carlos I, onde o trânsito não tinha sido previamente cortado, o que levou a fortes perturbações.
Já junto à avenida 24 de Julho, o protesto iniciou o caminho de retorno para a Assembleia da República, onde permanecia cerca das 16 horas e onde foi montado um cordão de segurança por elementos da PSP.
No regresso ao parlamento, o protesto ainda tentou subir a calçada da Estrela, mas foi barrado por elementos do Corpo de Intervenção pelas equipas de intervenção permanente.
Os manifestantes que tinham vestido polos de serviço já os retiraram, voltando a usar as camisolas pretas ou brancas do Movimento Zero.
A escadaria do parlamento e zonas laterais da Assembleia da República foram protegidas com gradeamentos de metal e blocos.
Protesto desloca-se para o MAI e PSP faz queixa ao Ministério Público
A manifestação deslocou-se do parlamento para o Ministério da Administração Interna, onde se encontrava um forte dispositivo policial e proteções com grades.
O protesto saiu do parlamento cerca das 16.30 horas, passando pela avenida 24 de julho, onde a polícia cortou o trânsito, e chegou ao Ministério da Administração Interna, na praça do Comércio, 45 minutos mais tarde.
Fonte da PSP disse à Lusa que o Comando Metropolitano de Lisboa vai apresentar uma queixa ao Ministério Público, uma vez que a manifestação estava apenas autorizada para ser realizada junto do parlamento.
Ao longo do percurso, gritaram palavras de ordem como "Zero", "Cabrita rua", referindo-se ao ministro da Administração Interna, a quem também foram dirigidos vários insultos.