Várias centenas de pessoas concentraram-se, este sábado, junto à praça de touros do Campo Pequeno, em Lisboa, para a 20.ª Marcha Animal. A inclusão dos direitos dos animais na Constituição é uma das principais reivindicações.
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A marcha, que termina em frente ao Parlamento, arrancou do Campo Pequeno por volta das 16 horas. Algumas das palavras de ordem mais entoadas são "Tourada é tortura, não é arte nem cultura", "Sofrimento não é divertimento", "Proteção na Constituição" ou "A nossa luta é todo o dia, os animais não são mercadoria".
Entre os manifestantes - de várias idades, desde estudantes a cidadãos seniores, e alguns acompanhados dos seus animais de estimação -, sobressaíam cartazes onde se liam frases como "Seja vegan", "Os animais não votam, nós votamos por eles" ou "Abandono é crime". Um homem, com a máscara de um focinho de porco, empunhava uma bandeira negra com as frases "Animal liberation - Human liberation" [Libertação animal - Libertação humana].
Também havia quem empunhasse um cartaz com a frase "Especismo não", dando voz à tese de que seres humanos e animais estão ao mesmo nível. Um ativista estrangeiro, com uma t-shirt da PETA (associação internacional de defesa dos animais) exibia um cartaz no qual estava escrito, em inglês: "Se achas que os ativistas pelos animais fazem muito barulho, espera até ouvires os gritos vindos do matadouro".
A líder do BE, Catarina Martins, presente na marcha, lembrou que Portugal vive um processo de revisão constitucional, considerando que a inscrição dos direitos dos animais na lei fundamental do país seria um "passo civilizacional muito importante". O PAN, o PEV e o Volt também estiveram representados.
A nível de associações, marcam presença organizações como a Animal - que promoveu a marcha - ou a União Zoófila. Também se viram algumas t-shirts do IRA.