A comissão executiva da CGTP decidiu esta quarta-feira propor ao seu Conselho Nacional a realização de uma manifestação nacional a realizar em Lisboa, em 20 de novembro, pelo aumento geral dos salários e em defesa da contratação coletiva.
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"A Comissão Executiva decidiu reunir o Conselho Nacional da CGTP-IN no dia 26 de outubro de 2021 e apresentar a proposta de convocar uma manifestação nacional, a realizar em Lisboa, no sábado dia 20 de novembro", pode ler-se num comunicado.
"A Comissão Executiva decidiu reunir o Conselho Nacional da CGTP-IN no dia 26 de outubro de 2021 e apresentar a proposta de convocar uma manifestação nacional, a realizar em Lisboa, no sábado dia 20 de novembro", pode ler-se num comunicado.
A CGTP entende que "o momento exige a adoção de uma política que valorize o trabalho e os trabalhadores, nomeadamente, com o aumento geral dos salários em 90 euros para todos os trabalhadores, a valorização das carreiras e profissões, a fixação de 850 euros para o SMN [salário mínimo nacional] a curto prazo", entre outras reivindicações.
A manifestação nacional, a realizar-se, acontece cerca de uma semana depois da greve nacional da função pública, marcada para 12 de novembro, pela Frente Comum.
Está ainda agendada uma greve nacional de professores para dia 5 de novembro, anunciada esta quarta-feira pela Federação Nacional dos Professores (Fenprof) e a Federação Nacional da Educação (FNE).
Para a CGTP, o Governo "mais uma vez opta por não resolver os problemas estruturais há muito identificados, assentes nos baixos salários, numa legislação laboral que agride os trabalhadores, seja pelas normas que permitem e fomentam a precariedade, pela desregulação dos horários de trabalho, pela facilitação e embaratecimento dos despedimentos, seja pela manutenção da caducidade da contratação coletiva e não reposição do princípio do tratamento mais favorável ao trabalhador".
A intersindical liderada por Isabel Camarinha considera que os problemas dos trabalhadores e do país "não encontram resposta nas opções do Governo", criticando a proposta do Orçamento do Estado para 2022 e as alterações à legislação laboral previstas na Agenda para o Trabalho Digno.
Entre as reivindicações da CGTP estão ainda o aumento real das pensões, as 35 horas de trabalho semanais, e revogação das "normas gravosas da legislação laboral, nomeadamente a caducidade da contratação coletiva" e a "reposição do princípio do tratamento mais favorável ao trabalhador".