O líder do Chega acusou, esta terça-feira, o Governo de ser o grande responsável pelo "enorme caos" nas escolas. André Ventura propôs três medidas "simples" para "salvar" o novo ano letivo, entre elas a calendarização da recuperação do tempo de serviço.
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"Ficou claro que o ano [letivo] caótico que iniciamos tem um grande responsável. Essa responsabilidade é do Governo", afirmou o deputado, esta terça-feira, no Parlamento. Apontando o dedo ao ministro da Educação, João Costa, e ao primeiro-ministro, António Costa, acusou este último de evitar falar sobre o tema "para se proteger".
Lembrando a falta de assistentes operacionais e que há "entre 60 mil e 100 mil alunos" ainda sem professor, Ventura denunciou a situação "de total desespero" que milhares de famílias atravessam. Nesse sentido, anunciou três medidas "simples" e passíveis de serem aplicadas "em quinze dias" para as escolas, frisando que a educação é um dos "pilares fundamentais" da moção de censura ao Governo que o Chega divulgará esta terça-feira.
A primeira proposta é a calendarização da recuperação do tempo de serviço dos professores, que Ventura considera "fundamental". Concedendo que a recuperação "pode não ser toda este ano, pode não ser toda para o ano", disse ser importante que se faça uma planificação "com a faixa, o tempo e o modo" em que o processo decorrerá.
Ventura esclareceu que defende a recuperação total, embora "calendarizada". Também lembrou as críticas do próprio presidente da República ao Governo quando vetou o diploma sobre as carreiras dos professores.
As outras duas propostas do Chega são a "contratação imediata de um pacote extraordinário de assistentes operacionais", que permita suprir as "necessidades imediatas" das escolas e, também, a "suspensão de todos os projetos que estão a sobrecarregar burocraticamente" os professores.
Na manhã desta terça-feira, Ventura esteve reunido com profissionais da educação.