Luisi Martins, de 21 anos, é presidente da Associação de Estudantes da Escola Superior de Saúde de Viseu. A jovem elogia a cidade, mas deixa reparos, sobretudo à falta de opções veganas nas cantinas da faculdade, aos horários da Biblioteca Municipal. Também ao nível da segurança, diz que as coisas já estiveram melhor.
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Luisi Martins, de 21 anos, é presidente da Associação de Estudantes da Escola Superior de Saúde de Viseu desde novembro do ano passado. Estuda nesta instituição que integra o Instituto Politécnico de Viseu há três anos.
As condições de ensino e os equipamentos da escola têm nota positiva. A dirigente estudantil só se queixa da falta de diversidade de comida vegana e vegetariana no bar. "As pessoas que são veganas não têm muitas opções", adianta.
Luisi garante que foi bem recebida e até elogia a tranquilidade de Viseu, mas não esconde que "a cidade já foi mais segura". "Já me senti mais segura a sair sozinha à noite, no entanto, continua a não haver grandes acontecimentos", vinca.
A biblioteca é um entrave para muitos alunos que se queixam do horário
Os espaços verdes da "Cidade Jardim", os bares e locais para estudar também merecem realce. Só gostava que a Biblioteca Municipal voltasse a estar aberta até à meia-noite como acontecia antes da pandemia. "A biblioteca é um entrave para muitos alunos que se queixam do horário. Está a fechar às 19 horas, antes da covid não era assim. Há muita gente que se concentra mais à noite e agora não temos este espaço disponível", lamenta.
Ainda que não critique a mobilidade na cidade, a jovem entende que Viseu já devia ter apostado em outras formas de locomoção. "Por exemplo, Coimbra não é tão plana quanto Viseu e nós não temos as trotinetas elétricas como eles", nota.
Faltam eletrodomésticos nas residências
Luisi não teve dificuldades no arrendamento, mas conhece quem teve. Os preços dos quartos, que variam entre os 150 e os 200 euros, estão a subir, mas o problema maior é arranjar casas sem restrições e perto das escolas.
As três residências do politécnico vão servindo os estudantes, mas há queixas de quem lá vive em relação à "falta de eletrodomésticos". "Não há ninguém lá a viver, que eu conheça, que faça lá a comida. Normalmente comem na escola ou encomendam", explica.
Jugueiros é um ponto de encontro com pessoas de outros cursos. É onde conseguimos conviver todos
Relativamente à cidade em si, a jovem destaca Jugueiros, a zona que cresceu e continua a crescer por causa do Instituto Politécnico de Viseu. Dos novos prédios, aos bares, restaurantes e outros espaços comerciais, Jugueiros é a casa por excelência dos estudantes universitários em Viseu e o local predileto de Luisi Martins.
"É um ponto de encontro com pessoas de outros cursos. É onde conseguimos conviver todos. Tanto dá para estarmos num momento mais sério a estudar, a fazer trabalhos, como a conviver", realça.
A estudante destaca ainda como pontos obrigatórios na cidade o centro histórico e o Parque da Radial de Santiago.