Circularam esta quinta-feira apenas 301 dos 978 comboios previstos a nível nacional em consequência da greve geral dos maquinistas, revelou a CP, Comboios de Portugal, citando dados até às 18 horas. A greve dos trabalhadores das categorias representadas pelo Sindicato Nacional dos Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses (SMAQ) prolongou-se durante dois dias e termina hoje às 23.59 horas.
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Com a paralisação, o SMAQ reivindica a "melhoria das condições de trabalho nas cabines de condução e instalações sociais" e das "condições de segurança nas linhas e parques de resguardo do material motor".
O sindicato exige ainda a "humanização das escalas de serviço, horas de refeição enquadradas e redução dos repousos fora da sede" e a implementação de um protocolo de acompanhamento psicológico aos maquinistas em caso de acidentes, bem como o "reconhecimento e valorização das exigências profissionais e de formação dos maquinistas" e o cumprimento integral do acordo de empresa.
Além disso, pretende o "reconhecimento de categoria superior aos associados do SMAQ que desempenham ou desempenharam serviço em órgãos de acompanhamento de tráfego" e manifestou-se "contra a absurda discriminação das categorias operacionais em matéria de tolerâncias de ponto na quadra festiva".
António Domingues, presidente do SMAQ, disse que ontem a adesão à greve foi de 100% até às 8 horas e que apenas foram cumpridos os serviços mínimos. Na segunda-feira os maquinistas iniciaram uma outra greve ao trabalho extraordinário e em dias de descanso, que se prolongará até às 23.59 horas de domingo.