Arrancou este domingo a habitual volta partidária ao país, apesar da pandemia, mas com medidas com vista à diminuição do risco de contágios. Por exemplo, as ações de rua serão feitas mas com comitivas mais pequenas, com uso de máscara, e almoços, jantares e comícios reduzidos ou quase inexistentes.
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Apesar de os partidos não estarem abrangidos pelas restrições impostas pela pandemia, a maioria vai autoimpor-se, cumprindo as mesmas limitações que eventos de outra natureza. É o caso do PS, que vai percorrer o país, na campanha oficial, com um reduzido "número de pessoas nas comitivas, de convidados e de presenças em eventos". E não serão organizados almoços nem jantares, como o tradicional almoço da Trindade que fecha a campanha. Mas haverá comícios.
Também o PSD cortou nos almoços ou jantares-comício durante a campanha oficial. Nas manhãs serão privilegiadas as visitas a instituições ou comércios locais, sendo a última ação do dia centrada numa área concreta do programa do PSD.
Na mesma linha, o Bloco de Esquerda não irá promover almoços ou jantares de campanha, percorrendo o país e não prescindindo de estar "ao lado de quem puxa pelo país", mantendo os comícios, sempre que possível ao ar livre.
A CDU irá, de igual modo, privilegiar "sempre que possível o contacto direto e o diálogo com o maior número de pessoas". Mas também tenciona "marcar presença nas redes sociais".
Já o CDS-PP vai fazer uma campanha "essencialmente de rua", contando que a "tradicional volta nacional" passe por todos os distritos, sendo que Lisboa, Porto, Braga e Aveiro terá a presença do líder Francisco Rodrigues dos Santos mais do que uma vez. Os centristas vão apostar em visitas a "feiras e mercados", prevendo duas a três ações de campanha por dia. Ao contrário de PSD e PS, tencionam fazer comícios, almoços e jantares, mas garantem que serão "condicionados à evolução da pandemia".
Chega não prescinde de jantares
No campo oposto, o PAN descarta arruadas, tendo planeado eventos "maioritariamente ao ar livre, com uma lotação muito restrita e "uma forte aposta na testagem".
Mais relaxada com a questão da pandemia, a IL "vai fazer a sua campanha como tem feito sempre todas as suas ações": "de uma forma responsável, criativa, e com alguma evolução relativamente às tradicionais campanhas", tendo começado este domingo com um jogo de voleibol em Matosinhos.
Por sua vez, o Chega vai apostar em eventos "em espaços abertos, ao ar livre, arruadas ou algum eventual comício em espaço aberto, de maneira a evitar um aglomerado de pessoas". No entanto, não prescinde do "habitual jantar-comício" ao final do dia.