Costa aguarda pela aprovação final do relatório da TAP para avaliar consequências políticas
O primeiro-ministro referiu, esta manhã, que vai esperar “serenamente” pelas conclusões finais do relatório preliminar da Comissão Parlamentar de Inquérito à gestão da TAP para ver se há consequências políticas a retirar.
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O documento que iliba o Governo na questão da definição do valor da indemnização de Alexandra Reis foi entregue terça-feira à noite no Parlamento.
Em declarações aos jornalistas, em Aveiro, António Costa afirmou que ainda não leu o documento e vai esperar pelo final do processo para retirar conclusões políticas. “A Comissão de inquérito ainda não terminou. Terminou uma fase muito importante. Agora a Assembleia da República vai discutir e aprovar ou não o relatório. No final do relatório verei se há alguma consequência política a tirar”.
Aos jornalistas, o chefe do Governo relembrou que a principal preocupação para o executivo é garantir que “Portugal não perde um grande ativo estratégico que é a TAP”. E lembrou a intervenção do estado na companhia e o plano de reestruturação que foi “devidamente aprovado pela Comissão Europeia. “Os resultados da TAP do ano passado já foram bastantes melhores do que o que estavam previstos no plano de restruturação e creio que já muito próximo do que estava previsto para 2024 e 2025”, salientou.
Costa escusou-se a comentar a ausência de referências ao caso do "roubo" do computador pelo ex-adjunto Frederico Pinheiro no relatório preliminar da Comissão Parlamentar de Inquérito à gestão da TAP. Questionado também pelos jornalistas, António Costa referiu que encarou o regresso de Pedro Nuno Santos ao Parlamento com “naturalidade”. “É um grande quadro do PS. É natural que ele esteja satisfeito por regressar”, disse.
Conselho de Ministros dedicado à ciência e reforço da qualidade do SNS
Na entrada para as 11.ª jornadas da Ciência em Aveiro, António Costa explicou ainda que o “novo estatuto da carreira de investigação” vai ser aprovado amanhã no Conselho de Ministros.
Questionado pelos jornalistas se haverá espaço para discutir as reivindicações dos médicos, Costa disse que a reunião será exclusivamente dedicada ao tema da “ciência”. Mas explicou que a prioridade da tutela é “reforçar a qualidade da gestão e a eficiência do sistema”. Trabalho que tem sindo concretizado com a aprovação do Estatuto do SNS e na criação da DG-SNS que “já está a introduzir melhorias no sistema para que funcione em rede”, disse.
O chefe do Governo referiu que os próximos passos a serem dados seguem pela “generalização das Unidades de Saúde Familiar modelo B” a todo o país, com a “construção de 120 unidades locais de saúde” e obras profundas em “90”. Alargar os centros de responsabilidade integrados na área de cirurgias para áreas como as “urgências”, que vai permitir mais segurança aos cidadãos e o reforço das remunerações dos médicos. E a criação do regime de dedicação plena, para “existir mais dedicação ao SNS do que a outras atividades”. “Se houver vontade para diálogo chegaremos a bom porto”, afirmou António Costa.