O secretário-geral do PS recusou, esta segunda-feira, comentar o caso Tancos e o artigo de opinião escrito no domingo por José Sócrates, insistindo que, neste momento, o único furacão que o preocupa é o que se aproxima dos Açores. Tancos é um assunto "fora da campanha" e é lá que quer que permaneça.
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"É um tema que está fora da minha campanha. Fora da campanha, o que verdadeiramente me tem preocupado é o risco de furacão que se aproxima dos Açores e que deve concentrar a nossa atenção", disse António Costa, quando questionado sobre o artigo que o antigo primeiro-ministro José Sócrates escreveu, ontem, no Expresso, classificando o momento em que a acusação foi conhecida como tendo "ilegítima motivação política".
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Numa ação de rua em Cacilhas, Almada, António Costa desviou o furacão Tancos para o furacão Lorenzo, dizendo que "fora da campanha é mesmo o único tema que deve motivar" preocupação.
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"Essa é uma atualidade da justiça. A atualidade dos políticos é aquilo para o qual os políticos podem dar algum contributo. Neste momento há um furacão que é muito ameaçador, que o IPMA (Instituto Português do Mar e da Atmosfera) sinalizou com alerta vermelho, e que é dever da República manifestar toda a sua solidariedade para com os Açores, como no passado manifestou relativamente à Madeira e por todas as regiões sempre que estão em situação de carência", disse, revelado que até agora o Governo Regional dos Açores não alertou para qualquer situação de carência.
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"Quanto à campanha eleitoral, o que os portugueses querem saber é o que cada um se propõe fazer. E quem fala de outros temas que não do que se propõe fazer, sabe porquê? É porque não tem mesmo nada para fazer", disse, recusando entrar em pingue-pongue com Rui Rio.
"O doutor Rui Rio falhou"
"O doutor Rui Rio teve muitas oportunidades de conseguir apresentar uma alternativa credível ao país e falhou. Não tem alternativa, não tem programa, não tem equipa. Refugia-se em casos e relativamente ao que tem a dizer para o futuro não tem nada a dizer", disse o secretário-geral do PS.
"Cada um trata dos seus temas. O meu tema é o de explicar aos portugueses o que é que eu me proponho fazer", insistindo na necessidade de assegurar estabilidade para mais 4 anos. "Os resultados alcançados são positivos, mas não chegam", disse o secretário-geral, que hoje termina o dia com um comício em Coimbra.