António Costa defendeu, esta sexta-feira, que é o "dever de qualquer primeiro-ministro" transmitir confiança no país em contexto internacional e que nunca faria "o contrário", recordando que, no passado, "outros não o fizeram" quando assumiu funções.
Corpo do artigo
"O dever de cada primeiro-ministro na cena internacional é transmitir a confiança que todos devem manter no nosso país e naqueles que democraticamente os portugueses escolheram para governar, acho que isso é o dever de qualquer Governo", disse o primeiro-ministro demissionário, em conferência de imprensa, no final de uma reunião do Conselho Europeu, em Bruxelas.
"Nunca me passaria fazer o contrário e, em particulares condições e com facilidade de o poder fazer, sempre o faria. Mas faço-o também não esquecendo que outros não o fizeram quando assumi funções e sei bem o que é que isso teve de custo para o país, teve custo para a ação governativa", completou.
No início da conferência de imprensa, António Costa recordou que, quando assumiu funções, há oito anos, havia "muito ceticismo sobre a possibilidade" de o Governo PS conseguir "cumprir as regras europeias no quadro da aliança parlamentar" com BE, PCP e PEV e o "quadro da política económica" que tinha definido. "Eu nunca faria aos outros o que não gostei que me fizessem a mim", concluiu o primeiro-ministro cessante.