
Catarina Martins e João Cotrim de Figueiredo participaram de debate na noite desta quinta-feira.
Foto: Rui Valido / TVI
Os candidatos presidenciais João Cotrim de Figueiredo e Catarina Martins concordaram, em debate realizado nesta quinta-feira, que instituição já teve melhores dias e que o Procurador-Geral da República, Amadeu Guerra, não está a contribuir.
Os dois candidatos às eleições presidenciais, concordaram, no debate na TVI, que o Procurador-Geral da República, Amadeu Guerra, foi infeliz ao classificar como um "bom presente de Natal" as possíveis decisões sobre os dois primeiros-ministros Luís Montenegro e António Costa, relativamente à Spinumviva e Operação Influencer, respetivamente.
Catarina Martins afirmou que "tem havido sinais preocupantes da Procuradoria" e que as declarações de Amadeu Guerra foram "desadequadas", acrescentando ser necessário "haver mecanismos que ajudem a fazer o escrutínio próprio da Justiça", enquanto o candidato apoiado pela Iniciativa Liberal frisou que existem muitas "investigações mal feitas" e que está preocupado com "a falta de escrutínio do Ministério Público", onde abundam "fugas de informação".
Ambos querem que haja uma reestruturação da Justiça, mas que tem de ser feita dentro das próprias instituições, "sem interesses corporativos", como frisou Cotrim de Figueiredo.
Num debate marcado por visões diferentes do papel do Estado e de Portugal na Europa e na NATO, os dois candidatos tiveram posições opostas.
Por exemplo, na Saúde, Cotrim de Figueiredo disse que "os privados são os que mais têm beneficiado com o atual sistema de saúde". "Nós quisemos mudar isso no Parlamento e foi chumbado", frisou, acrescentando que se o objetivo "é servir bem as pessoas e mais barato, é indiferente de como chegamos lá".
Já a candidata apoiada pelo Bloco de Esquerda refutou as ideias de Cotrim de Figueiredo dando como exemplo Marcelo Rebelo de Sousa: "Não é por acaso que o presidente da República acorreu ao SNS [no caso da hérnia], porque, apesar de todas as dificuldades, não podemos ceder e pagar os lucros das Parcerias Público-Privadas".

