Mais de 250 mil professores, educadores e funcionários vão ser integrados na fase 1. Coordenador da task force garante que a partir de abril país terá vacinas suficientes para atacar necessidades.
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Escolas e creches tiveram de enviar até esta quarta-feira as suas listas de professores, educadores e funcionários para serem incluídos na fase 1 de vacinação, que devia terminar até abril. A Direção-Geral de Saúde (DGS) revelou a alteração do plano, mas não esclareceu quando e como decorrerá este processo que pode abranger mais de 250 mil pessoas de estabelecimentos públicos, privado e cooperativo.
O coordenador da task force acredita que, a partir de abril, a média diária de vacinas administradas deve passar de entre 22 mil a 30 mil para uma média de 100 mil. A DGS alargou a vacina da AstraZeneca a maiores de 65 anos e inclui pessoas com trissomia 21 nesta fase.
"O que estamos a fazer é dedicar 90% das vacinas aos grupos que têm a ver com salvar vidas e 10% a ganhar resiliência no Estado. Por enquanto, há uma escassez de vacinas mas conforme vamos avançando para o fim de março e início de abril, vamos passar de um período de escassez para um período em que há vacinas suficientes para fazer um ataque em paralelo em todas as necessidades", garantiu esta quarta-feira o vice-almirante Gouveia e Melo.
"Empreitada gigante"
"É como uma apólice de seguro", frisa Manuel Pereira. Para o presidente da Associação de Dirigentes Escolares (ANDE), testes e vacinação são "a solução certa para garantir a segurança a toda a comunidade escolar".
As escolas tiveram de preencher uma tabela com os dados de professores, funcionários e técnicos especializados que inclui, por exemplo, o número de utente do Serviço Nacional de Saúde, a data de nascimento, moradas ou quem teve covid-19 nos últimos 90 dias. As listas foram pedidas por causa do programa de rastreios (que serão feitos à medida que os estabelecimentos retomarem as atividades presenciais) mas também será usada, apurou o JN, para o plano de vacinação.
"Só espero que não seja um anúncio de vapor. Sabemos que é uma empreitada gigante mas agora tem de ser concretizada", sublinha o presidente da Associação de Diretores (ANDAEP). Filinto Lima apela a que a vacinação decorra nas escolas para se evitar "muitos milhares de deslocações e também furos nas aulas".
As creches enviaram à Segurança Social a identificação de educadores e funcionários que "contactam diretamente com as crianças", revela Susana Batista. A presidente da Associação de Creches e Pequenos Estabelecimentos de Ensino Particular alerta que vão precisar de "dois a três dias úteis" para reabrir.