A líder do CDS, Assunção Cristas, evitou qualquer comentário às declarações do Presidente da República a propósito do caso Tancos e apelou a uma penalização do PS nas urnas.
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Face à necessidade de Marcelo Rebelo de Sousa vir dizer, a partir de Nova Iorque, nos Estados Unidos, que não é "criminoso", a líder centrista respondeu: "Nós estamos a tratar de eleições legislativas e não vou comentar mais este assunto." E, apesar da insistência dos jornalistas, à margem de uma visita à fábrica da Continental, em Vila Real, integrada na campanha para as legislativas, manteve-se em silêncio sobre as declarações de Marcelo.
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Assunção Cristas apontou ao Governo e ao PS, pedindo aos eleitores que os penalizem nas urnas, dado que neste caso, afirmou, "degradou a democracia". "Estamos a uma semana e meia de eleições, o Governo esteve mal, atuou mal, não acautelou o furto e aparentemente foi conivente ou cúmplice no encobrimento ou farsa montada para a recuperação do material", disse ainda.
Nas eleições legislativas, "as pessoas têm na sua mão a maior arma para mostrarem se convivem bem ou mal com este tipo de situação", não só de Tancos, mas também pelo facto de ter havido, ao longo de quatro anos, cinco ex-governantes que foram constituídos arguidos.
Para a líder dos centristas, o CDS foi "até ao limite dos [seus] poderes parlamentares de censura a um Governo que falhou muito ao país ao longos destes quatro anos", no caso de Tancos, mas não só.