A candidata a presidente do CDS-PP desejou, este sábado, um partido "aberto", "a falar para todas as pessoas, sem exceção", para crescer, com renovação interna, ao chegar ao 26.º congresso democrata-cristão, em Gondomar.
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Assunção Cristas e Paulo portas entraram juntos no congresso e foram aplaudidos de pé pelos militantes.
"O objetivo do CDS é crescer o mais que puder, falar para todas as pessoas, sem exceção, de todas as idades", afirmou, defendendo que o facto de ser a única militante a tentar suceder ao histórico Paulo Portas e haver assim alguma unanimidade "é o que é", "positiva" e "um sinal" de que o partido está empenhado "em falar abertamente e com muita convicção para todo o país".
Relativamente à existência de um total de 10 moções apresentadas na reunião magna dos centristas, a deputada e ex-ministra do Mar e da Agricultura classificou-a como "sinal de dinamismo e vivacidade do CDS", prevendo um "debate muito animado" sobre os diversos documentos, "contributos", os quais complementam a sua própria moção.
"A renovação vai ficar evidente neste congresso e dessa renovação sairá certamente mais condição para nos afirmarmos eleitoralmente. O CDS mostrará que está aberto, que é capaz de se renovar nos órgãos e está empenhado em abrir-se a todos aqueles que, seja para militar, seja para estar connosco e refletir e participar, se podem juntar daqui para a frente", disse.
Congresso para mudar de líder
O 26.º Congresso do CDS-PP começou hoje em Gondomar, Porto, às 11.30 horas, cerca de uma hora depois do previsto.
O presidente da Mesa do Congresso, Luis Queiró, declarou aberta a reunião magna do CDS-PP, que reúne cerca de 1.500 congressistas no pavilhão multiusos de Gondomar.
Tendo inscrito num fundo azul "Em direção ao Futuro", Manuel Queiró disse enquanto esperava pelo líder, Paulo Portas: "Já estou a ver câmaras de televisão, logo já estou a ver o doutor Paulo Portas".
O congresso aplaudiu então, de pé, a chegada do presidente do partido e seguiu-se a apresentação de um pequeno vídeo com imagens de congressos anteriores.
O primeiro dia de trabalhos deverá ficar marcado pelo discurso de despedida de Paulo Portas, que não se recandidata à liderança do partido a que presidiu durante 16 anos.
Paulo Portas tornou-se líder do CDS-PP em 1998, no Congresso de Braga, tendo estado afastado da direção centrista por apenas dois anos, entre 2005 e 2007, durante a liderança de José Ribeiro e Castro.
A intervenção do ainda presidente dos democratas-cristãos está marcada para cerca das 12:40.
Assunção Cristas, que deverá suceder a Paulo Portas, irá intervir à tarde no primeiro dia de trabalhos.
Neste arranque do Congresso, ainda no período da manhã, haverá intervenções do secretário-geral do CDS-PP, António Carlos Monteiro, do coordenador autárquico, Domingos Doutel, do líder parlamentar, Nuno Magalhães, e de Nuno Melo, que se retirou da corrida à liderança do CDS-PP, e que irá apresentar o relatório dos deputados ao Parlamento Europeu.
A até agora única candidata à liderança Assunção Cristas discursa ao Congresso à tarde, a partir das 15:00, no período reservado à apresentação das moções de estratégia global -- dez no total - para dar a conhecer o seu documento de 31 páginas, com o título "Ambição e Responsabilidade".