A presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, recusou, esta sexta-feira, a comentar o acordo alcançado em concertação social para a atualização do salário mínimo para 557 euros, afirmando, antes, a necessidade de serem mantidas as reformas laborais do anterior Governo.
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"A nossa preocupação é de uma leitura mais abrangente em relação às matérias do trabalho. Estamos num momento em que o país não cresce, ficará com 1,2%, metade do prometido pelo Governo, No entanto, tem havido criação de emprego. Essa criação de emprego ter, muito provavelmente, a ver com a reforma laboral feita pelo anterior Governo e as condições de flexibilidade que então foram dadas", afirmou Assunção Cristas.
A líder centrista, que falava aos jornalistas à saída de uma audiência com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, insistiu que "essa reforma está em causa porque tem sido contestada pelos partidos da esquerda radical".
O Governo e os parceiros sociais chegaram ontem, quinta-feira, a um acordo de princípio de médio prazo, em sede de Concertação Social, sem a CGTP, e que contempla, no imediato, a atualização do salário mínimo nacional (SMN) para os 557 euros, a partir de 1 de janeiro, a par da redução da TSU em 1,25 pontos percentuais para os empregadores.
Assunção Cristas disse ter pedido o encontro com o Presidente da República para "desejar festas felizes" a Marcelo Rebelo de Sousa e também "para fazer um balanço" do ano de "intenso trabalho numa oposição firme ao Governo" e "sinalizar preocupações sérias, designadamente ao nível da degradação dos serviços públicos".
A líder centrista esteve acompanhada pelo vice-presidente vice-presidente do CDS Adolfo Mesquita Nunes e o líder parlamentar, Nuno Magalhães.