O ex-Presidente do República Aníbal Cavaco Silva lembra o antigo assessor do PSD Zeca Mendonça, que morreu hoje aos 70 anos, como "um homem bom" a quem o partido e "cada um dos seus líderes muito devem".
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Numa declaração escrita, Cavaco Silva, que liderou o PSD entre 1985 e 1995, refere que foi com "tristeza" que tomou conhecimento da morte de Zeca Mendonça e recorda que ainda há poucos dias falou com ele.
"A propósito do seu aniversário, há uns dias, tive oportunidade de transmitir ao Zeca e à família que nunca esquecerei o quanto ele me ajudou na minha vida política. Foram dezenas de campanhas feitas com o seu apoio direto, que mostraram a sua enorme lealdade, capacidade e dedicação, ao PSD e, dessa forma, a Portugal. Presto-lhe uma sentida homenagem", lê-se na nota assinada por Cavaco Silva.
Santana Lopes lembra a "boa sombra"
O antigo presidente do PSD Pedro Santana Lopes lamentou a "perda de um amigo e confidente" e recordou Zeca Mendonça como "a boa sombra" de todos os líderes sociais-democratas.
"É a perda de um grande amigo, de um confidente meu e acho que de todos os presidentes do PSD. Era a nossa sombra, a boa sombra, na qual nos abrigávamos muitas vezes, nomeadamente quanto o tempo piorava", lembrou Santana Lopes, em declarações à Lusa.
Santana Lopes, que no verão passado deixou o PSD para fundar o novo partido Aliança, recorda Zeca Mendonça desde sempre no partido, mas sobretudo quando exerceu as funções de líder, entre 2004 e 2005.
"Ele acompanhava-nos para todo o lado, são cargos solitários, e o Zeca era o confidente. Tornámo-nos amigos. Foi sempre impecável e irrepreensível comigo, era um cavalheiro", destacou.
Barroso diz que Mendonça faz parte da história do PSD
O antigo líder do PSD José Manuel Durão Barroso lamentou a morte de Zeca Mendonça, considerando que o antigo assessor "faz parte da história" do partido.
"Notícia muito triste: morreu o nosso Zeca Mendonça, uma pessoa muito boa que faz parte da história do PSD", escreveu José Manuel Durão Barroso, na rede social Twitter.
Na mensagem, o também ex-presidente da Comissão Europeia, que liderou o PSD entre 1999 e 2004, enviou os seus "mais sentidos pêsames" aos familiares e amigos mais próximos de Zeca Mendonça, que era atualmente assessor na Presidência da República e morreu hoje aos 70 anos.
Também no Twitter, o comissário europeu Carlos Moedas lembrou Zeca Mendonça não só como "um grande profissional", mas também como "um grande ser humano".
"Um homem bom", escreveu Carlos Moedas, que envia "um abraço à família".
Ainda na rede social Twitter, o cabeça-de-lista do PSD às europeias, Paulo Rangel, também recorda as suas memórias com o histórico assessor social-democrata.
"O Zeca Mendonça ensinou-me muito; muitíssimo. Convivemos de perto quando fui líder parlamentar e desde então ficámos sempre a falar. Atento, previdente, discreto. Nunca se impunha e impôs-se-nos a todos. Nele e com ele, o humanismo era poder. O poder de fazer bem. Bem ao outro", refere.
Marques Mendes recorda "laranjinha de uma dedicação sem limites"
O antigo presidente do PSD Luís Marques Mendes lamentou hoje a morte de "um grande amigo" e recordou o histórico assessor do partido Zeca Mendonça como "uma pessoa com o coração do tamanho do mundo".
"Um laranjinha de uma dedicação sem limites. Um colaborador de uma lealdade exemplar", destacou Marques Mendes, numa declaração à agência Lusa.
Marques Mendes, que liderou o partido entre 2005 e 2007 e a bancada parlamentar entre 1996 e 1999, defendeu que o PSD "deve muito" a Zeca Mendonça.
"Todos temos para com ele uma enorme dívida de gratidão", salientou.
O assessor da Presidência da República José Luís Mendonça Nunes, conhecido por Zeca Mendonça, morreu hoje aos 70 anos.