A defesa de Carlos Cruz voltou, esta quinta-feira, a alegar, no julgamento do recurso do processo Casa Pia pelo Tribunal da Relação de Lisboa, que o apresentador de televisão "está inocente" e que não conhecia as vítimas, nem os locais onde ocorreram os abusos sexuais.
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"Carlos Cruz está inocente e não cometeu nenhum dos crimes dos quais foi acusado", declarou Ricardo Sá Fernandes. "Não foi exibida qualquer prova de que Carlos Cruz conhecia as vítimas", enfatizou o advogado, dizendo que o apresentador, que esteve preso 15 meses, foi condenado no julgamento de primeira instância devido a depoimentos "maléovolos e fantasiosos de meia dúzia de jovens", cujos depoimentos foram "contraditórios".
Ricardo Sá Fernandes falou ainda do sucesso profissional de Carlos Cruz antes do escândalo rebentar e das dificuldades financeiras que atravessa actualmente, estando "psicologicamente destroçado".
O julgamento do recurso do processo Casa Pia pelo Tribunal da Relação de Lisboa começou cerca das 15.00 horas, com o presidente do colectivo, Rui Rangel, a falar sobre a metodologia da audiência e a relatora do processo, desembargadora Guilhermina de Freitas, a fazer uma breve sínteses do acórdão recorrido.
Dos arguidos do processo apenas estão presentes Carlos Cruz, Manuel Abrantes e Ferreira Dinis.
Para além de Ricardo Sá Fernandes, vão alegar os assistentes do processo e o procurador do Ministério Público. No entanto, o desembargador Rui Rangel realçou no início da sessão que as restantes defesas, mesmo sem terem solicitado, podem também alegar.
*Com Agência Lusa