O estudo pedido pela Trofa sobre o impacto da delegação de competências indica um diferencial de quase 1,4 milhões de euros entre o envelope do Governo e o proposto pela Câmara, com base nos gastos.
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O autarca Sérgio Humberto disse, ao JN, que acredita mais "nas boas intenções" da ministra Ana Abrunhosa do que na direção da Associação Nacional de Municípios (ANMP). E mantém "em cima da mesa" a saída da associação.
O défice indicado no estudo é maior na Educação, com 734 mil euros, seguindo-se a Ação Social com mais de 367 mil de diferença e a Saúde com 285 mil.
Conforme noticiou o JN, Matosinhos, Trofa e Vila do Conde pediram estudos à Universidade do Minho para avaliar o impacto financeiro da descentralização. A Câmara do Porto também encomendou o seu estudo àquela instituição, tendo acabado por concretizar a sua saída da ANMP.
O estudo da Trofa já foi concluído, enquanto o de Vila do Conde tem resultados preliminares centrados na Educação que, como noticiou anteontem o JN, apontam para um défice de, pelo menos, 1,3 milhões, montante que ainda não inclui o aumento nas refeições escolares, cujo concurso está a decorrer.
Imposição ditatorial
Questionado pelo JN sobre a saída da Trofa da ANMP, Sérgio Humberto disse manter o tema "em cima da mesa". E "o assunto será analisado e decidido em reunião de Câmara".
"Acredito mais nas boas intenções da ministra Ana Abrunhosa do que na direção da ANMP", comentou o autarca social-democrata, após a governante ter admitido ajustes. Sérgio Humberto, vice-presidente do Conselho Metropolitano do Porto, órgão que se reunirá no dia 21 com a ministra, prevê que o impacto financeiro na Trofa possa chegar a "1,5 milhões só para manter o serviço no estado atual".
"Quero acreditar que a imposição ditatorial, em plena democracia, verificada na transferência de competências na Educação, não seja o modus operandi a aplicar na Saúde e na Ação Social".