O número de desempregados inscritos nos centros de emprego públicos registou uma subida de 3,5% em 2023, interrompendo assim dois anos consecutivos de alívio, indicou ontem o instituto tutelado pelo Ministério do Trabalho, da ainda ministra Ana Mendes Godinho.
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Visto de outra forma, o stock (número total) de pessoas desempregadas que procuram um novo trabalho ou pediram o subsídio de desemprego registou, em 2023, o maior aumento desde o primeiro ano da pandemia, quando a crise foi demolidora devido aos confinamentos impostos aos negócios e à mobilidade dos cidadãos. Depois de um aumento histórico de quase 30% nos inscritos nos centros de emprego, a situação desanuviou-se: o stock caiu 13,5% em 2021 e 11,8% em 2022.
Após a pandemia, veio a guerra da Rússia contra a Ucrânia, em fevereiro de 2022, que fez disparar a inflação (preços da energia e da alimentação). As repercussões foram grandes, tendo conduzido os bancos centrais a terminar o longo período de seis anos de taxas de juro mínimas. A partir de julho de 2022 e até hoje, as taxas de referência saltaram de quase 0% para 4,5%.