Ativistas portugueses recebidos por multidão no aeroporto de Lisboa
Os portugueses que fizeram parte da flotilha humanitária Global Sumud aterraram, este domingo, cerca das 22.30 horas, no aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, onde são aguardados por familiares e apoiantes pró-Palestina.
Corpo do artigo
A partir do momento em que se soube pelos ecrãs da zona de chegadas do aeroporto de Lisboa da aterragem do voo que trazia os ativistas, os apoiantes, que num curto espaço de tempo passaram de três dezenas a cerca de três centenas, começaram a gritar palavras de ordem como "Palestina Viverá" "Viva a luta do povo palestino, Israel é um Estado assassino".
O ambiente mantém-se calmo e sem registo de incidentes enquanto se aguarda pela saída dos ativistas, repatriados por Israel e que viajaram de Telavive para Espanha seguindo, após uma breve escala em Madrid, para Lisboa.
A coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, a atriz Sofia Aparício e os ativistas Miguel Duarte e Diogo Chaves estavam detidos, em Israel, desde a noite de quarta para quinta-feira passada, quando as forças israelitas intercetaram as cerca de 50 embarcações da Flotilha Global Sumud, que pretendia entregar ajuda humanitária na Faixa de Gaza.
Empunhando bandeiras e lenços da Palestina, os manifestantes enpunham cartazes com palavras de ordem como "Libertem a Palestina" e "Obrigado Marina, Sofia, Diogo e Miguel por nos representarem",
Presentes estão antigos e atuais dirigentes do Bloco de Esquerda como Francisco Louçã, Catarina Martins, Luís Fazenda, Jorge Costa e outros.
Os portugueses chegaram a Madrid cerca das 20.20 horas (menos uma hora em Portugal continental) integrados num grupo de 29 ativistas: quatro portugueses, 21 espanhóis e quatro holandeses.
Em representação do Governo, os ativistas são recebidos em Lisboa pelo secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, Emídio Sousa.
Os cidadãos portugueses, juntamente com mais de 450 ativistas de várias nacionalidades, foram levados pelas autoridades israelitas para um centro de detenção no deserto de Neguev, no sul de Israel, após as embarcações terem sido intercetadas pela Marinha israelita em alto mar.