DGS diz que não há evidência de que desinfetante usado nos transportes seja eficaz
A Direção-Geral da Saúde (DGS) diz que "não existe evidência científica" de que o desinfetante que tem sido usado nos transportes públicos "seja eficaz" contra o novo coronavírus.
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À TSF, a DGS explica que "não existe evidência científica" de que o produto, o desinfetante Microbe Shield Z-71, seja eficaz no caso do novo coronavírus e refere que "os desinfetantes têm uma ação específica sobre os microrganismos. No momento da aplicação, as superfícies ficam desinfetadas, mas passado algumas horas e depois de novamente utilizadas ficam outra vez contaminadas".
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Este é o produto que tem sido utilizado nos metros do Porto e Lisboa, comboios da CP, aeroportos e ainda nos barcos que cruzam o rio Tejo, e que apesar de não serem perigosos para humanos e animais conseguem matar "uma ampla variedade de bactérias e vírus".
Citado pela mesmo rádio, Miguel Alves, representante da Zoono em Portugal, empresa que desenvolveu o biocida explica que a empresa nunca falou num "produto milagroso". "Sempre afirmámos que a sua ação é até 30 dias porque os testes o comprovam, mas que em zonas com maior uso, com superfícies mais expostas, alertamos que vale a pena fazer um reforço semanal - por exemplo nas zonas onde os passageiros do metro se seguram", afirmou.
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