A Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP) afirmou, esta terça-feira, que a Lei do Direito ao Esquecimento tem sido uma das suas lutas e que é fundamental que o próximo Governo regulamente esta questão.
Corpo do artigo
Tal como noticiou o JN, esta terça-feira, a Lei do Direito ao Esquecimento, que foi aprovada há quase dois anos, ainda está por regulamentar e não está a ser cumprida. O presidente da APDP, ouvido na Comissão do Trabalho, da Segurança Social e Inclusão da Assembleia da República, reagiu ao artigo do JN e garantiu que o Direito ao Esquecimento tem sido uma das lutas da associação e que o próximo Governo tem que regulamentar a lei. Os diabéticos têm sido confrontados com discriminação no acesso a créditos e a seguros.
"A Lei do Direito ao Esquecimento é uma das guerras que temos, é uma situação de abuso de poder que a lei tenta proteger mas que não protege. A próxima Assembleia da República terá que regulamentar esta questão", afirmou José Manuel Boavida, presidente da APDP.
Questionado pela deputada do PS, Ana Isabel Santos, sobre se existe discriminação em Portugal em relação à diabetes, José Manuel Boavida garantiu que grande parte dos utentes não assume a doença devido ao preconceito. "A questão da discriminação existe, a questão do estigma existe", sublinhou o presidente da APDP.
União entre Ministérios
A APDP apelou a uma união entre o Ministério da Saúde e o Ministério da Segurança Social para que se possa apostar em medidas de educação sobre a doença. "Mais do que dar insulina, é preciso dar educação", afirmou José Manuel Boavida. O presidente da APDP explicou, ainda, que a doença acaba por ter mais impacto nas pessoas mais desfavorecidas e que a diabetes obriga a um cuidado diário de 24 horas.