A diretiva operacional do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais para 2023 foi aprovada esta sexta-feira em reunião da Comissão Nacional de Proteção Civil. Quase 14 mil operacionais vão integrar o dispositivo reforçado face a 2022, incluindo no número de viaturas e meios aéreos. De 1 de julho a 30 setembro, "o dispositivo terrestre contará com 13 891 elementos e 2 990 veículos", anunciou o Ministério da Administração Interna. Mas a proposta que enviou na semana passada às forças envolvidas, e que foi alvo de pareceres e correções, previa mais: 14 008 operacionais e 3056 viaturas, para além dos 72 meios aéreos.
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Os quase 14 mil elementos incluem bombeiros, GNR, Força Especial de Proteção Civil, PSP, Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas e o agrupamento de empresas Afocelca, que também disponibiliza sapadores florestais.
O número de operacionais tem vindo a crescer: 9740 em 2027; 10 767 em 2018; 11 492 em 2019; 11 827 em 2020; 12 058 em 2021 e 12 917 no ano passado.
"Durante o período de maior empenhamento (nível IV - 1 de julho a 30 setembro) o dispositivo terrestre contará com 13 891 elementos e 2 990 veículos", refere um comunicado do Ministério da Administração Interna, enviado no final da reunião em que foi aprovada a diretiva operacional do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR). As viaturas eram, no passado, 2 833 na época mais crítica.
Os meios aéreos sobem este ano de 60 para 72, como aviões e helicópteros bombardeiros ou de reconhecimento.
A reunião foi presidida pela secretária de Estado da Proteção Civil, Patrícia Gaspar, e teve lugar na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), em Carnaxide.
Uma vez aprovada a diretiva, a Liga dos Bombeiros Portugueses disse ao JN que as correções que exigiu foram acolhidas. No início da semana, tinha defendido, por exemplo, uma clarificação de funções, respeitando a "identidade dos bombeiros".
O reforço de meios tem sido "gradual", destacou também no início da semana ao JN a secretária de Estado da Proteção Civil, que referiu ainda o facto de o calendário ter sido antecipado. No ano passado foi aprovado a 11 de maio. "Para alturas de maior risco, existe sempre a possibilidade de reforçar este dispositivo", ressalvou.
Recorde-se ainda que, segundo confirmou a governante, o Parque Natural da Serra da Estrela vai ter este ano um plano integrado próprio para resposta aos incêndios rurais, que está a ser ainda ultimado.