O Governo português já admitiu que haveria "12 a 15" portugueses nas fileiras do "Estado Islâmico". E foram efetivamente 12 os nomes conhecidos.
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Os irmãos Celso e Edgar Costa, Fábio Poças e Sandro Monteiro "Funa" integravam o grupo que foi de Portugal para, sob liderança de Nero Saraiva, se radicar em Londres, Inglaterra. Todos chegaram à Síria. Como os Costa, o amigo Sadjo Turé, guineense desde criança em Portugal, terá morrido nas trincheiras da jiade.
Os serviços de informação de vários países europeus identificaram ainda Mickael dos Santos, Ismael Omar Mustafai, Mickael Batista, Dylan Omar e José Parente. A estes, junta-se Steve Duarte. Detido na Síria, mostrou-se estes dias arrependido e quer cumprir pena. E Rómulo Costa, irmão dos Costa, detido em Portugal na semana passada. Abu Juwairia al-Portughali chegou a ser dado como português, sem confirmação.
Mulheres e filhos
Ângela Barreto era companheira de Fábio Poças e é uma das três mulheres de origem portuguesa assinaladas como familiares de jiadistas atualmente em campos no norte da Síria, detidas, mas não acusadas de qualquer crime. Foi da Holanda com ele e está com dois filhos em Al Hol.
Catarina Almeida e o neto e Vânia Cherif e as duas filhas estão em Roj. Ambas pedem desde 2018 ajuda a Portugal para serem tiradas dali. Viviam em França: uma quis resgatar o filho, Dylan Omar; outra foi levada pelo marido tunisino, mas têm raízes na Guarda e em Carrazeda de Ansiães, respetivamente. E continuam a aguardar solução. Esta semana, a ministra da Justiça portuguesa, Francisca Van Dunem, garantiu que haveria de ser encontrada.
E o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, explicou que elas, "deliberada ou não deliberadamente, foram cúmplices" de terroristas e que os pedidos de regresso "colocam problemas de segurança nacional muito delicados que estão a ser enfrentados". Quanto a menores órfãos, não há pedidos, garante.