A descoberta de um novo mecanismo de defesa contra a malária e o desenvolvimento de uma técnica de diagnóstico não invasiva das doenças na retina são as duas investigações premiadas, com 20 mil euros cada, pela edição deste ano dos Prémios Pfizer.
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O prémio de Investigação Básica foi atribuído a Miguel Santos, do Instituto Gulbenkian de Ciência, cuja equipa conseguiu demonstrar a existência de uma resposta imunitária, induzida por componentes imunogénicos da microflora intestinal, que confere proteção contra a infeção por plasmodium (o parasita que causa a malária), que pode ser amplificada na forma de potenciais vacinas.
O trabalho de José Cunha-Vaz, da Associação Para a Investigação Biomédica e Inovação Em Luz e Imagem, vai receber o prémio de Investigação Clínica. A retinopatia diabética e as doenças vasculares da retina são das causas mais frequentes de perda de visão, e estão diretamente relacionadas com a alteração da Barreira Hemato-Retiniana.
O novo método permite diagnosticar e obter informação mais detalhada sobre a localização e qualificação das alterações da barreira sem necessidade de injeção da substância contrastante, que pode causar reações alérgicas graves. Com este método é possível que em 90% dos casos não haja a necessidade de se usar o contraste.
O Prémio Pfizer existe há 59 anos e já distinguiu 550 investigadores em Portugal e mais de 200 trabalhos. Este ano, o prémio contou com cerca de 70 candidaturas das mais variadas áreas das ciências da saúde. As distinções são entregues esta terça-feira em Lisboa.