
Eduardo Vítor Rodrigues, líder distrital do PS/Porto e presidente da Câmara de Gaia
Igor Martins / Global Imagens
Eduardo Vítor Rodrigues, que lidera os socialistas no distrito do Porto, defendeu este domingo que não existe alternativa ao seu partido para resolver os problemas do país, mas reconheceu que o PS "também tem falhas". Ao PSD acusou de, "hipocritamente", dizer que está "disponível para dar tudo a todos", quando continua a não admitir os erros da governação de Direita.
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O presidente da Federação Distrital do PS/Porto e autarca de Gaia abriu a ronda de discursos no Pavilhão Rosa Mota, onde o partido promove uma festa popular para assinalar os seus 50 anos, iniciativa que contará com a intervenção de António Costa após as 18 horas.
"Alguém vê uma alternativa ao PS para resolver os problemas do país?", perguntou Eduardo Vítor Rodrigues, em jeito de crítica à Oposição, atribuindo a situação que o país atravessa à guerra e à pandemia, mas responsabilizando também a governação da Direita pelos "problemas que o PSD e o CDS deixaram por resolver" e pelo corte de rendimentos.
"Aqueles que hipocritamente vão dizendo que damos pouco devem lembrar-se que, quando estiveram no Governo", não deram "nada" e ainda "tiraram", defendeu o autarca socialista, destacando os casos dos "pensionistas, professores, médicos e enfermeiros". Isto quando uma multidão, na maioria professores, foi ao encontro de António Costa para o receber em protesto.
"E agora, hipocritamente, dizem que estão disponíveis para dar tudo a todos", insistiu o líder distrital do PS, pedindo à Oposição e especialmente ao PSD "responsabilidade".
Eduardo Vítor afirmou, depois, que o PS admite as suas falhas ao contrário do partido de Luís Montenegro. "Se, aqui e acolá, tivermos de dizer que nem tudo correu bem, estamos a fazer uma coisa que a Direita não sabe fazer, que é reconhecer que somos humildes, que também temos falhas", afirmou no primeiro discurso das comemorações. A seu ver, o PSD não é capaz de fazer "autocrítica".
"E quem não reconhece as suas falhas não está disponível para as emendar", argumentou logo de seguida, quando Montenegro tem atacado o Governo devido ao caso TAP e desafiou o primeiro-ministro a esclarecer as contradições entre ministros sobre a existência de um parecer que fundamente as demissões dos presidentes da Administração e da Comissão Executiva.

