Pedro Sánchez, presidente da Internacional Socialista e primeiro-ministro espanhol, afirmou este domingo no Porto que o PS é "um símbolo" e "uma referência para a social-democracia" na Europa.
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"Juntos abrimos o caminho para que agora ninguém seja abandonado à sua sorte. E os socialistas portugueses e o seu primeiro-ministro têm feito um papel fundamental. Obrigado, mais uma vez, por terem sido o farol que nos iluminou em momentos difíceis", afirmou Sánchez, após criticar as políticas de austeridade.
No Pavilhão Rosa Mota, onde participa nas comemorações dos 50 anos do PS, o presidente da Internacional Socialista aproveitou para deixar críticas à Direita a propósito do desafio da transição climática.
"Se não formos nós ninguém o fará. Os partidos de Direita irão procurar desculpas para não fazer nada e a extrema-direita continuará a alimentar o negacionismo criminoso", criticou o governante espanhol.
Na sua intervenção, destacou a união de esforços entre os dois países da Península Ibérica como uma "fonte de inspiração" também no combate à pandemia e aos efeitos da guerra na Ucrânia, que voltou a condenar. Dificuldades que, a seu ver, trouxeram à tona "vulnerabilidades e dependências" de Portugal e Espanha.
"Caro António, travámos muitas batalhas juntos em Bruxelas", sublinhou. Sobre os fundos comunitários que não "caíram do céu", diz que foi preciso "lutar para que se tornassem realidade, vencendo resistências e preconceitos".
Do mesmo modo, referiu que Portugal e Espanha juntaram esforços para que a crise não fosse "paga pelos mesmos de sempre". "A resposta é focada num conceito deliberadamente ignorado há uma década, a justiça social", acrescentou Sánchez.