Em Matosinhos, Catarina Martins levou beijinhos e garantiu ter "bastante pedalada"
Entre beijinhos, selfies e até brindes com champanhe, a candidata às eleições europeias do BE Catarina Martins foi recebida nas festas do Senhor de Matosinhos com carinho e garantiu ter "bastante pedalada" em resposta a Luís Montenegro.
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Numa tarde quente de maio, em Matosinhos, distrito do Porto, a caravana do BE para as eleições europeias do dia 9 foi até às festas do Senhor de Matosinhos.
Acompanhada pela coordenadora do partido, Mariana Mortágua, e pela antiga eurodeputada Marisa Matias, Catarina Martins andou entre bancas que vendiam um pouco de tudo: loiça, brinquedos, artesanato mas também champanhe.
Manuel Petit avistou a comitiva do BE, identificada por bandeiras e ao som de alguma música, e fez questão de oferecer a Catarina Martins e a Mariana Mortágua um copo de champanhe.
"Simpática mantém a sua magia, energia, nós precisamos é de energia", clamou o vendedor, que pediu abraços, beijinhos e desejou "sucesso" a Catarina Martins.
Interrogada sobre se estas interações lhe davam a pedalada para acompanhar o Governo que o primeiro-ministro e presidente do PSD, Luís Montenegro, acusou a oposição de não ter, Catarina Martins respondeu que o social-democrata "devia andar distraído".
"Eu não ouvi essas declarações mas ele devia estar distraído. Aqui há bastante pedalada como sabem, há muita convicção. Nós não nos resignamos à ideia que em Portugal temos que viver pior ou resignarmo-nos a um país que tem salários mais baixos do que o resto da Europa ou menos condições. Nós estamos aqui para lutar por uma vida boa em Portugal", afirmou.
Várias pessoas abordaram a comitiva do BE com pedidos de selfies ou simplesmente cumprimentos, e as duas dirigentes bloquistas chegaram a comer "beijinhos de amor", doces tradicionais.
Já com a barriga cheia de doces, Catarina Martins e Mariana Mortágua seguiram caminho e quando Agostinho Ramalhete, conhecido por "Super Mário dos gelados", lhes ofereceu uma sobremesa, as bloquistas agradeceram mas já não comeram.
Para o caminho levaram os desejos de sucessos deste vendedor: "Tudo de bom, eu voto em vocês. Só é pena a gente não ganhar. Temos que insistir", com Mariana Mortágua a responder: "Estamos a caminho".
BE acusa PS, AD e IL de votarem nas "mesmas políticas" quando chegam a Bruxelas
A cabeça de lista do BE às eleições europeias acusou a Aliança Democrática, PS e IL de votarem "nas mesmas políticas" quando chegam ao Parlamento Europeu e atacou socialistas e sociais-democratas com o Pacto para as Migrações.
"Não vale a pena estar a votar nos partidos que, independentemente das suas oposições a nível nacional, quando chegam ao Parlamento Europeu como o PS, PSD, CDS-PP, os liberais, acabam por votar nas mesmas políticas. Um voto no BE é esse voto feminista e firme", garantiu Catarina Martins.
A candidata bloquista voltou a atacar PS e Aliança Democrática (coligação que junta PSD, CDS-PP e PPM) por terem aprovado a nível europeu o Pacto para as Migrações e Asilo da União Europeia.
"Hoje já ouvi várias coisas sobre migrações, ouvi também aliás uma espécie de acusações entre a candidata da AD e do PS entre quem ataca mais ou quem defende mais os direitos humanos. Hoje é Dia Mundial da Criança e, portanto, eu acho que é bom lembrar que tanto PS como AD votaram o Pacto das Migrações, aquele que a UNICEF disse que era inaceitável porque prevê que sejam presas crianças em campos de detenção", acusou.
Catarina Martins fez questão de garantir que "um voto no BE nunca acaba na política que ataca imigrantes e crianças", defendendo uma "política da integração e da inclusão".
Interrogada sobre as posições do cabeça de lista da Aliança Democrática, Sebastião Bugalho, no que toca aos direitos das mulheres, Catarina Martins disse ter registado "a forma como o candidato da AD reage sempre com muita irritação às questões das liberdades das mulheres e dos direitos das mulheres".
"É verdade que o PS tem alianças com partidos no resto da Europa que não defendem os direitos das mulheres mas enfim, não é a direita que pode falar nisso porque neste momento a direita está a fazer um acordo com a extrema-direita, a mesma que ataca as liberdades das mulheres. Desse ponto de vista sabem com quem podem contar e podem contar com o BE", argumentou.