A embaixada israelita em Lisboa afirmou, esta quinta-feira, que o acordo de cessar-fogo em Gaza levará à libertação dos reféns, "incluindo seis portugueses", e ocorre após uma "determinada, decisiva e poderosa ação militar" que permitiu "derrotar o Hamas".
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"Na noite passada, o Estado de Israel e a organização terrorista Hamas chegaram a um acordo mediado pelo presidente norte-americano, Donald Trump. Este acordo marca a primeira fase de um acordo-quadro para um cessar-fogo em Gaza e a libertação dos reféns, incluindo seis portugueses", afirma a embaixada em comunicado.
O Governo português tem indicado a existência de dois reféns com ligações a Portugal, sendo que um deles estará morto.
A representação diplomática afirma que "na guerra que foi imposta ao Estado de Israel", após "um ataque terrorista assassino do Hamas", em 7 de outubro de 2023, Israel "foi bem-sucedido na sua determinação de derrotar o Hamas, isolá-lo, forjar um consenso internacional contra a continuação do domínio do Hamas em Gaza e eliminar a ameaça aos cidadãos israelitas".
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Segundo a embaixada, "o acordo está em conformidade com os objetivos de Israel e as suas posições de princípio desde o início da guerra: o regresso de todos os reféns, um futuro governo em Gaza sem o Hamas e o desarmamento do Hamas".
O acordo, acrescenta, "foi assinado após muitos esforços liderados pelo Presidente dos EUA e com o amplo apoio da comunidade internacional e dos países da região, e também graças a uma determinada, decisiva e poderosa ação militar".
No comunicado, a representação diplomática, liderada pelo embaixador Oren Rozenblat, realça que a primeira fase do acordo permitirá a libertação de todos os reféns e o fim dos combates em Gaza.
"Após dois dos anos mais difíceis da história de Israel, o povo israelita aguarda o regresso dos seus entes queridos às suas casas, enquanto as suas famílias podem finalmente iniciar o longo e emocionante processo de cura dos seus corações e almas", refere.
Dos 251 reféns feitos pelo grupo islamita palestiniano Hamas no ataque de 07 de outubro, 48 estarão ainda retidos no enclave palestiniano, mas as autoridades estimam que apenas duas dezenas estejam vivos.
A embaixada israelita refere que esta data coincide com o feriado judaico do Sukkot e cita a Bíblia: "Este é o tempo da nossa alegria". "Esperamos que muito em breve tenhamos um grande motivo para nos alegrarmos", conclui.
A primeira fase do plano de paz prevê a devolução dos reféns em troca da libertação de 1.950 prisioneiros palestinianos. Além disso, o Exército israelita terá que recuar para a linha de demarcação estipulada pelos Estados Unidos, marcando a primeira fase da retirada do enclave.