Empresa dos ajustes diretos da Marinha partilhava sede e sócio com três firmas

Ministério Público investiga dezenas de contratos com a mesma empresa aprovados pelo almirante quando era comandante da Marinha
Foto: António Pedro Santos/Lusa
A Proskipper, empresa com a qual a Marinha Portuguesa, à data liderada pelo almirante Henrique Gouveia e Melo, celebrou dezenas de ajustes diretos que estão a ser investigados, firmou 142 contratos com o Estado entre 2010 e 2023, de acordo com o Portal Base. A firma fechou portas em 2022, mas partilhava sede e sócios com mais três empresas, que não celebraram contratos com o Estado.
O Ministério Público está a investigar ajustes diretos celebrados entre a empresa Proskipper e a Marinha, de 2017 a 2020, durante a liderança de Henrique Gouveia e Melo. O inquérito, segundo a revista "Sábado", decorre no Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Almada, depois de, em 2024, o Tribunal de Contas (TdC) ter perdoado ao comandante "eventuais infrações financeiras". O JN questionou a Procuradoria-Geral da República, mas não obteve resposta. Gouveia e Melo refuta as acusações: "Só ganhei o meu ordenado".

