Várias empresas de lítio e hidrogénio estão a ser investigadas no âmbito do inquérito do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) que está a motivar, esta terça-feira, cerca de 40 buscas.
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Em causa estão suspeitas de crimes de tráfico de influência, corrupção, participação económica em negócio e branqueamento de capitais, devido a contratos de exploração de lítio e hidrogénio verde, que envolvem vários membros do Governo. As buscas abrangem ministérios e residências de governantes, mas também há várias empresas sob a mira das autoridades.
O JN apurou que o acesso a computadores de algumas empresas foi vedado pelas autoridades e estão a decorrer buscas. Estão abrangidas algumas das empresas que na quarta-feira marcam presença nas Jornadas Técnicas da ANIET - Associação Nacional da Indústria Extractiva e Transformadora, no Terminal de Cruzeiros do Porto de Leixões. O evento, que já estava previsto e que se irá manter, conta com a participação do presidente da ANIET, Jorge Mira Amaral.
A sede da Lusorecursos, empresa de Braga a que foi concecionada a exploração de lítio em Montalegre e que está no centro das suspeitas que envolvem o ministro João Galamba, entre outros, é um dos alvos das buscas desencadeadas esta terça-feira pelo Ministério Público.