Grande aproximação às empresas é o segredo da EPA, em Aveiro, que tem Plano de Inovação ajustado à realidade.
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Há exceções, mas, geralmente, quando os jovens procuram escolas profissionais, é porque são "problemáticos" ou buscam uma "especialização" que o ensino tradicional não tem. O resumo, sem subterfúgios, é de Jorge Castro, diretor da Escola Profissional de Aveiro (EPA), que luta para garantir um futuro aos cerca de 650 jovens que, anualmente, percorrem o estabelecimento naquela cidade e no polo de Sever do Vouga.
Para isso, a EPA tem um "Plano de Inovação que se ajusta à realidade e abrange toda a escola", explica o diretor, revelando que o "segredo" do sucesso está na "metodologia, que prevê grande aproximação às empresas".
Quase 50% do curso é passado nas empresas (mais do que o terço que é o obrigatório). E os programas são delineados ouvindo os diversos "parceiros", nomeadamente as cerca de "600 empresas" com as quais a escola tem relações, acrescenta João Tavares, diretor para a Educação e Formação.
Muito apetecíveis
O resultado é uma taxa de empregabilidade de 100% na Unidade de Tecnologias e de cerca de 80% nos outros cursos. "Somos muito apetecíveis porque garantimos empregabilidade ou ocupação no final do curso, sendo que cerca de 20% seguem para o Ensino Superior", refere o coordenador técnico e pedagógico Paulo Quina.
É o caso de Beatriz Mota, 17 anos, aluna de Comunicação e Marketing, que quer seguir para a universidade. Para já, está rendida à possibilidade de contactar com empresas ao longo do curso e "não apenas estagiar no fim". "Eu sei porque estive lá e fiz. É muito bom", diz. Também Emanuelle Tonon, aluna de Técnico auxiliar de farmácia, já passou pelo Hospital de Aveiro. Garante que "foi mágico".
Recentemente, a EPA assinou um protocolo com o Instituto Lusófono de Educação Superior, no Brasil, para formação de jovens daquele país, numa ação que visa contribuir para minorar a falta de mão-de-obra em alguns setores em Portugal.