Portugal condena "firmemente" os ataques russos desta manhã contra alvos civis em Kiev, Jitomir e em outras cidades ucranianas, afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho.
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Adiantando ter recebido garantias do encarregado de negócios português de que a equipa da embaixada de Portugal na capital ucraniana "está bem e em segurança", João Gomes Cravinho referiu, numa mensagem na rede social Twitter, que alguns dos mísseis caíram "muito próximo" de onde a equipa da representação diplomática se encontrava.
Na mensagem, o chefe da diplomacia portuguesa afirmou que o Governo reitera o "pleno apoio à Ucrânia na sua guerra defensiva contra a agressão russa", sublinhando ainda que "ataques contra alvos exclusivamente civis são crimes de guerra".
A Rússia bombardeou, esta segunda-feira, várias regiões ucranianas, como Kiev (a capital da Ucrânia), Lviv, Khmelnytskiy, Dnipro, Vinnitsia, Zaporijia, Sumy, Kharkiv e Jitomir, desencadeando "uma manhã muito difícil" no país, como afirmou o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
O último balanço dos bombardeamentos dá conta de pelo menos oito mortos e 24 feridos em Kiev.
Os militares ucranianos disseram que a Rússia utilizou 83 mísseis e 17 drones iranianos, dos quais a defesa antiaérea abateu 41 mísseis.
Os bombardeamentos russos acontecem depois de uma explosão ter danificado, no sábado, a ponte Kerch, que liga a Rússia à península ucraniana da Crimeia, anexada em 2014. Moscovo atribuiu a explosão na ponte a um ataque terrorista ucraniano.