As escolas têm 178 horários por preencher, 37 dos quais completos, por falta de professores interessados em ocupar essas vagas, revelou ao JN fonte do Ministério da Educação (ME). Esta sexta-feira saiu a primeira reserva de recrutamento. As próximas listas de colocação de docentes do Básico e Secundário serão divulgadas nos dias 9 e 16 de setembro, a data limite para o início do ano letivo.
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"Aquilo que fizemos, logo em agosto, e que faremos sempre que houver dificuldade no recrutamento através do concurso nacional, é passar para a fase de contratação de escola, que é mais célere, sem esperar haver várias reservas", explicou aos jornalistas o ministro da Educação João Costa, à margem de um colóquio em Vouzela.
Em resposta a um pedido de informação do JN, o ME garantiu que "houve menos dois mil horários pedidos, nesta fase, fruto das medidas adotadas, designadamente a possibilidade de renovação de horários de professores contratados", por parte das escolas.
A nível nacional, foram colocados 3968 professores nesta primeira reserva. Lisboa, Algarve e Oeste continuam a ser as regiões com mais carência de professores e os grupos disciplinares de Informática e de Geografia os mais problemáticos.
"Como acontece todos os anos, é normal que surjam novas necessidades de horários nesta fase e substituições que são necessárias, num contexto em que tem havido algumas dificuldades de recrutamento", assumiu João Costa, citado pela Lusa. E admitiu que se registou um "ligeiro aumento" das necessidades de professores, relativamente à primeira quinzena de agosto.
Os horários a concurso na reserva de recrutamento 1, com a duração de um ano letivo, correspondem aos pedidos pelos agrupamentos de escolas e escolas não agrupadas, após as colocações em mobilidade interna e contratação inicial. Os docentes têm um prazo de 48 horas para aceitar a colocação.
Baixas irregulares
"Há professores contratados que têm dificuldade em ter um horário completo, que permita a sua vinculação, porque temos, por vezes, padrões de baixa em que um professor está a ser substituído todo o ano, e em junho ou julho a baixa é suspensa, e assim que inicia o ano letivo é ativada novamente", afirmou o ministro, a propósito das suspeitas de irregularidades.
João Costa considerou este padrão de baixa "irregular", assim como os atestados médicos que duram 29 dias e ao 30.º º dia são suspensos para serem retomadas logo no dia seguinte. E prometeu atuar, a partir do início do ano letivo. Adiantou ainda que estão a reavaliar 3000 pedidos de mobilidade por doença.