A Federação Nacional dos Professores (FENPROF) alerta que há 747 horários por atribuir no início do ano letivo, um número mais elevado do que os 600 anunciados pelo ministro da Educação. Aponta ainda que há 600 docentes a aposentar-se até ao final do ano.
Corpo do artigo
"Na segunda-feira, ao final do dia, tínhamos 991 horários por atribuir, dos quais 747 correspondiam a horários de professores para disciplinas e os restantes para técnicos especiais. Esta terça-feira, ao final do dia, deverá ser superior. Não são 600 como disse o ministro", assegura o secretário-geral da FENPROF, Mário Nogueira.
O dirigente completa que, se esta terça-feira já houvesse aulas em todo o país, cerca de 55 a 60 mil alunos não teriam professores. "Não são os 100 mil do ano passado, mas esse pico foi atingido entre 24 e 29 de setembro, pelo que ainda se pode agravar", entende.
A acrescentar a esta situação, Mário Nogueira revela que há cerca de 600 professores com horário atribuído que se vão aposentar até ao final do ano civil.
"O problema é que os jovens já não vão para uma profissão que sabem que não é atrativa e os professores atuais não se sentem respeitados nem considerados pelos Governos. Um jovem que comece a trabalhar aos 22 anos sabe que só aos 50 é que vai entrar para o quadro", critica Mário Nogueira.