Não há mais baixas do que há um ano e sistema está mais preparado para gerir as ausências.
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As escolas e as empresas notam algum aumento de casos de covid-19, nas últimas semanas, ainda que os valores estejam "longe do que era há um ano". Segundo a Associação Empresarial de Portugal (AEP), não é previsível que encerrem empresas devido à pandemia, uma vez que "estamos numa fase bem diferente das anteriores".
Filinto Lima, presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), considera "natural que possa haver um ou outro professor ou funcionário em casa ou em isolamento" devido à covid-19, mas "nada como era há um ano", até porque "ainda há muitos que usam máscara no contexto de sala de aula".
Já no Interior do país, na escola de Cinfães onde trabalha o presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares (ANDE), há mais docentes e funcionários em casa do que há um ano. Muitos não estão infetados pela primeira vez, todos têm o esquema vacinal completo, não sendo nenhum caso grave. Apesar de já não ser obrigatório, a maioria dos professores voltou a usar a máscara na escola, atenta o diretor.
A Rodrigo Queiroz e Melo, diretor-executivo da Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo, não chegou notícia de haver mais casos de covid-19 nas escolas.
"Além disso, o ensino não presencial está completamente integrado e qualquer miúdo que não frequente a escola por qualquer motivo (tem circulado uma virose mais causadora de absentismo do que o covid-19, na zona de Lisboa), tem aulas online no mesmo dia. E os professores, é a mesma coisa: ou são substituídos ou podem dar aulas à distância", completou.
Falta referencial
Há, porém, informações por prestar aos estabelecimentos de ensino. Filinto Lima assinala que a Direção-Geral de Saúde está em falta, porque "ainda não fez chegar às escolas o novo referencial após o fim da obrigatoriedade das máscaras, essencial para atualizarem os seus planos de contingência".
No que toca às empresas, "nota-se algum absentismo decorrente da expectável subida do índice de transmissibilidade", no entanto, Luís Miguel Ribeiro não tem conhecimento de empresas a encerrar ou a parar por causa da covid. O presidente da AEP considera que "estaremos numa fase bem diferente das anteriores, face à vacinação da população, ainda que possam circular diferentes variantes do vírus"