Para o PS foi difícil encontrar um candidato à Invicta. Na Maia, também houve problemas, e em Gaia o PSD continua "órfão".
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No Porto e na Maia foi o PS. Em Gaia, o PSD. Na coroa central da Área Metropolitana do Porto, as escolhas dos candidatos para as próximas eleições autárquicas agitaram as águas nestes três concelhos. E se os socialistas já definiram os candidatos, na Maia a polémica parece estar para durar, com a Concelhia a contestar a escolha da estrutura nacional. Em Gaia, os sociais-democratas ainda estão numa situação mais delicada, continuando "órfãos" de uma candidatura, após a polémica desistência do antigo jogador e selecionador de futebol, António Oliveira.
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Vários nomes no PS
No Porto, onde Rui Moreira se recandidata a um terceiro mandato, foi difícil ao PS escolher o candidato. A primeira hipótese de António Costa recaiu no atual secretário de Estado da Mobilidade, Eduardo Pinheiro. Mas o nome tanto foi apontado num dia para logo no outro Eduardo Pinheiro anunciar que não iria concorrer. José Luís Carneiro, atual secretário-geral-adjunto dos socialistas, e Manuel Pizarro, eurodeputado e vereador na Autarquia, foram outras das hipóteses, mas que acabaram por não avançar.
A escolha recaiu então em Tiago Barbosa Ribeiro, atual presidente da Comissão Política Concelhia do Porto. "Não sinto que o partido está dividido, sinto é que tem de estar unido", considera o socialista. Vladimiro Feliz (PSD), Ilda Figueiredo (CDU) e Sérgio Aires (BE) são outros nomes na corrida, que tem ainda surpresa: o Chega apresenta como cabeça de lista António Fonseca, atual presidente da União de Freguesias do Centro Histórico, onde cumpre o segundo mandato, eleito pelo movimento de Rui Moreira.
Mudança revertida
Também na Maia o PS "patinou" devido a divisões internas. Para tentar derrotar António Silva Tiago que se recandidata pela coligação PSD/CDS, a Concelhia escolheu Teresa Almadanim que retirou a candidatura há cinco dias, após a estrutura nacional do partido não ter confirmado o seu nome, preferindo voltar a apostar em Francisco Vieira de Carvalho. Ao JN, o candidato desvaloriza as divisões no partido e afirma que "há mais de uma ano" que o seu nome era o escolhido.
Falta saber que consequências esta confusão terá na luta para tentar derrotar Silva Tiago, um presidente que nas últimas eleições teve maioria absoluta, mas que passou quatro anos atribulados devido à batalha judicial de combate à perda de mandato que chegou a ser determinada pelo tribunal e foi entretanto anulada.
Oliveira bate com porta
Em Gaia, o PSD ainda não tem candidato, depois de António Oliveira, escolha do líder do partido, Rui Rio, ter abandonado a corrida. Se a luta com o socialista Eduardo Vítor Rodrigues, que concorre a terceiro mandato, já se antevia difícil, o clima de divisão e de indefinição torna a missão social-democrata ainda mais complicada.
Detalhes
Todos se recandidatam
Todos os atuais presidentes das autarquias do Grande Porto voltam a candidatar-se para novo mandato. Dado o histórico das eleições autárquicas, não são expectáveis grandes surpresas, com mudanças nas lideranças das câmaras.
Mais candidaturas
O Porto, com oito, e Matosinhos, com sete, lideram, para já, o número de candidaturas.
Eleições sem data
A data das eleições ainda não está escolhida. Os partidos com representação parlamentar já se pronunciaram e sugerem ao Governo que a eleição ocorra entre 26 de setembro e 10 de outubro