Estudantes das universidades do Porto e do Minho aderiram à manifestação promovida pela Associação de Estudantes da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.
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Até ao final do mês, os estudantes vão concentrar-se em frente às cantinas, à hora de almoço, a protestar contra o aumento de 15 cêntimos no preço das senhas (passou de 2,50 a 2,65 euros), resultante do aumento do salário mínimo nacional.
"Basta de aumentos. Ensino Superior não é um negócio", podia ler-se, esta quarta-feira, numa faixa à entrada da cantina da Universidade do Minho, em Gualtar, onde um grupo de estudantes que organizou o protesto, em Braga, incitava à subscrição de um abaixo-assinado intitulado "Aumento? Só se for no financiamento", para ser entregue na Assembleia da República.
O documento pede o "congelamento imediato do preço do prato social no valor anterior a 1 de outubro" e "reforço da ação social escolar".
Rui Sousa, aluno do primeiro ano do curso de Direito, foi um dos que assinou, por considerar o preço da senha "bastante elevado".
"Além das despesas com alojamento e de, ainda, não saber se sou bolseiro, tenho que gastar mais de 100 euros por mês do meu orçamento só para as refeições", elucidava ao JN, antes de seguir para o almoço.
No caso da FLUL, por exemplo, os alunos queixam-se de nem sequer ter "cantina própria nem uma sala digna, com as devidas condições para comer as refeições que trazem de casa".
"Utilizaremos pratos de plástico [no protesto] de forma a simbolizar a degradação das condições do Ensino Superior", afirmam numa nota pública onde justificam a manifestação.
Os estudantes da Universidade de Coimbra também aderiram ao protesto, mas em solidariedade, já que, neste caso, a academia decidiu manter o preço da senha nos 2,40 euros.