Fake news: O governante que não pagou o metro e a gaguez da candidata do Livre
Os primeiros sinais foram dados com o Brexit, mas só com a eleição de Trump, e depois Bolsonaro, é que o Mundo acordou para o risco das contas falsas e das fake news nas redes sociais. Em Portugal, apesar de residual, houve informações falsas que se propagaram nas redes.
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Um dos conteúdos que mais impacto teve nas redes sociais envolveu Miguel Cabrita, secretário de Estado do Emprego que, após uma ação de campanha, foi acusado de ter viajado no metro sem pagar. O vídeo, publicado originalmente na página "Justiça à Portuguesa", soma quase um milhão de visualizações e, mesmo depois do desmentido, a falsa notícia continuou a circular como verdadeira.
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"As contas falsas são um sintoma grave da guerra narrativa digital. Elas fazem parte do jogo político, da tentativa e convencimento e de persuasão", explica Sérgio Denicoli. "Estarão sempre presentes, enquanto não houver um sistema eficiente que combata e criminalize a criação e o uso dessas contas", diz.
Também o PAN se viu envolvido nesta arena. A página "Portugal - Liberdade em Democracia" acusou o partido de defender o perdão para violadores sexuais". Uma medida que não está no programa. Questionado sobre este tipo de publicações, o partido admite que verificou "o aumento de contas falsas nas redes sociais, sobretudo no Facebook".
A "falsa gaguez" da candidata do Livre
Joacine Katar-Moreira, dirigente nacional do Livre, foi alvo de uma afirmação polémica no Twitter. Um utilizador acusou-a de exagerar a gaguez durante um debate na RTP. O tweet foi partilhado por alguns utilizadores desta rede social e alvo de criticas por muitos mais.
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"Nunca na minha vida pensei que viveria para provar que a minha gaguez, que já me fez passar por tanto, é uma realidade", reagiu a própria, também na rede social Twitter.
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Quem perde mais com as notícias falsas?
Para Sérgio Denicoli, que também acompanhou as últimas eleições no Brasil, os partidos mais prejudicados por este fenómeno "acabam por ser os que não possuem meios ou estratégias de rebater os ataques e impor as próprias narrativas", não importando, neste tipo de situações em específico, o tamanho do partido. "A melhor defesa neste tipo de casos é uma estratégia de comunicação eficiente", defende.