A Linha SOS Voz Amiga está com falta de voluntários para dar conta dos pedidos de ajuda que recebe diariamente. Em fevereiro o serviço voltou a disponibilizar um número verde gratuito depois de receber relatos de pessoas que não conseguem suportar os custos das chamadas.
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São 50 os voluntários que atualmente atendem dezenas de chamadas por dia na linha de apoio emocional mais antiga do país. Só no ano passado, o serviço recebeu 10 mil pedidos de ajuda, em média com o registo verificado desde 2020. A pandemia veio piorar a situação. A falta de socialização refletiu-se nas chamadas que a SOS Voz Amiga recebeu nesse período. As crises de ansiedade e a depressão aumentaram, salientou, ao JN, Francisco Paulino, presidente da Linha SOS Voz Amiga. “Não temos voluntários suficientes para estarem mais em cada turno, e a cada chamada atendida há seis ou oito tentativas”, afirmou o responsável, que lamentou ficarem muitos pedidos por atender.
Para a linha conseguir aumentar a sua capacidade de resposta, Francisco Paulino apelou a futuros voluntários. Todos os voluntários passam por uma formação inicial, que mantêm ao longo do tempo. O responsável apela aos cidadãos que se juntem à equipa da SOS Voz Amiga, sendo que as candidaturas feitas neste momento serão consideradas findo o processo de formação que estará a decorrer. Em maio e junho, irá decorrer a “primeira sessão de informação”com os candidatos, sobre a missão da associação, que apoio presta e o que pretende dos voluntários. Segundo os requisitos que constam no site, os voluntários devem ter mais de 23 anos, residir na Área Metropolitana de Lisboa e servir, no mínimo, 12 horas mensais.