Contentores do “Agulhão”, projeto criado em 2019, já recolheram mais de dois milhões de material cortoperfurante, mas faltam meios para suportar custos.
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O “Agulhão”, projeto da Associação de Farmácias de Portugal para recolher agulhas de doentes que usam medicamentos injetáveis em casa, como os diabéticos, não está a conseguir suportar os custos e o ritmo da própria iniciativa. Há muito material a ser depositado nas farmácias e a presidente da associação pede ao Governo que encontre uma “resposta sustentável”. Um diploma do antigo Executivo, publicado em “Diário da República” no final de março, prevê uma solução. Já há autarquias a assumir custos.
Em Portugal, neste momento, não existe uma entidade nacional que faça a gestão dos resíduos de material cortoperfurante, como agulhas e seringas, usados como “produtos de autocuidados de saúde”, com a exceção do projeto da Associação de Farmácias de Portugal, nascido em 2019. Então, decidiu criar a iniciativa, com vista a colmatar a “ausência de resposta nacional”. Há cinco anos, o “Agulhão” estava presente em dez farmácias e recolheu 500 mil seringas. No ano passado, em 100 farmácias, o número cresceu para os mais de dois milhões de materiais descartados.