Só uma de 10 promessas com que o PSD se apresentou no círculo de Faro ficou (em parte) concluída: o necessário desassoreamento do rio Guadiana circunscreveu-se à foz e metade partiu de investimento espanhol.
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O Tribunal da Relação não sai do papel desde 1999, o novo hospital distrital idem - a par da falta de médicos na região - e a nível de transportes basta dizer que a eletrificação do troço algarvio só estará pronta em 2020 e as obras da EN125 estiveram paradas muito tempo. O programa do PSD teria de ser sempre o mais escrutinado, porque elegeu então quatro dos nove deputados deste círculo, a que se juntou o eleito pelo CDS-PP. Uma maioria confortável numa região que o PS dominava até 2009. Alterações ocorreram, mas nas atuais listas candidatas pela região.
O histórico social-democrata Mendes Bota, ao partir para assessor de Carlos Moedas, em Bruxelas, viu ser escolhido para cabeça de lista o independente José Carlos Barros. Em lugar elegível pela coligação Portugal à Frente só sobreviveu um algarvio - Cristóvão Norte - devido à inclusão nos lugares cimeiros da centrista Teresa Caeiro ou do secretário de Estado Pedro Lomba.
De 2011, o único cabeça de lista que se mantém é o comunista Paulo Sá, que recuperou o deputado da CDU perdido em 1991. A bloquista Cecília Honório, que teve semelhante proeza em 2009, afastou-se da política e foi substituída por João Vasconcelos. Já no PS, João Soares, que se pautou por um mandato para lá de apagado, tem agora no seu lugar José Apolinário, um algarvio que esteve 14 anos no Parlamento e quase três como secretário de Estado das Pescas de António Guterres. Nuno Miguel Ropio