O filho mais novo de Hugh Hefner, Cooper, acredita que é um grande erro a revista "Playboy" deixar de publicar fotografias de nu integral. Ao manifestar-se, foi "convidado a não participar nas reuniões".
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A edição de fevereiro da "Playboy" norte-americana foi a primeira a adotar a nova política da empresa, de não publicar fotografias de mulheres completamente nuas. O filho mais novo do magnata Hugh Hefner, Cooper, apontado como seu sucessor, revela agora, numa entrevista ao "Business Insider", que não concorda com a estratégia da empresa e que, desde que manifestou a sua opinião, foi afastado das reuniões da direção.
"Fui basicamente convidado a não participar mais nas reuniões, porque não concordava com a visão dele [Scott Flanders, CEO] para a empresa", começa por avançar Cooper Hefner. "Não concordo porque acho que os "millenials" não veem a nudez como o problema, mas sim a forma como a nudez e as raparigas eram retratadas".
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A "Playboy" anunciou, em outubro do ano passado, a decisão de retirar imagens de nu integral das suas páginas. E em janeiro, a famosa Mansão das Coelhinhas, em Los Angeles, foi colocada à venda por 183 milhões de euros. Outra medida que o filho de Hugh Hefner não apoia.
"Eu não percebo a lógica. Percebo a lógica financeira, de querer ter dinheiro disponível para investir noutros aspetos, mas a minha preocupação é certificar-me que haverá uma empresa de que as pessoas gostam daqui a 15 anos. A "Playboy", e especificamente a Mansão, é uma das mais famosas residências do mundo e representa a marca. Retirar isso, é devastador", lamenta.
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Cooper Hefner revela ainda que, atualmente, apesar de manter a sua posição, participa "muito pouco" e não tem "capacidades ao nível criativo ou executivo". E conclui: "Acho justo dizer que fui realmente excluído".