Indonésios têm contratos de trabalho, mas não podem andar ao mar. Problema persiste há sete anos e, esta semana, dizem, fiscalização intensificou-se.
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Os armadores ameaçam parar os barcos de pesca, caso o Governo não resolva o problema dos indonésios e continue “a caça à multa”. Chegam a Portugal com visto e contrato de trabalho. Estão “legais”, fazem descontos, mas o país não lhes reconhece a cédula marítima e, sem ela, os pescadores indonésios não podem andar ao mar. O problema arrasta-se há sete anos, sem que o Governo lhe dê solução. As autoridades “fechavam os olhos”, mas esta semana 13 barcos foram fiscalizados ao largo da Póvoa de Varzim. Onze foram autuados. Os homens do mar estão revoltados. Garantem que 90% da frota está “ilegal” e, se o “aperto” continua, “pára tudo”.
“Vêm com contrato de trabalho, com visto de residência e fazem descontos como pescadores, mas a cédula marítima deles, que é reconhecida em vários países do Mundo, não é reconhecida em Portugal. Eles só podem embarcar como não marítimos. Quem é o tolo do patrão que contrata alguém e o coloca na empresa como observador que fica só a olhar?”, explicou, ao JN, o presidente da Associação de Armadores de Pesca do Norte, Manuel Marques.