Dos pelo menos 42 casos de abusos sexuais que o grupo VITA enviou para as instâncias eclesiásticas, um envolve uma freira. A estrutura criada para apoiar vítimas deste crime apresenta amanhã o seu primeiro relatório de meio ano de atividade.
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A coordenadora do grupo VITA, Rute Agulhas, confirmou ao JN que há “uma situação recente de uma suspeita, que está em avaliação”, mas, salientou, que “de uma maneira geral há menos identificação de mulheres”, sendo este o único caso.
A Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais de Crianças na Igreja Católica, que cessou funções no início do ano, já tinha revelado que, embora a esmagadora maioria dos casos (77%) envolvesse sacerdotes, os crimes de abusos sexuais também foram cometidos por professores de colégios religiosos (9,6%) e por membros de ordens religiosas diversas (4,5%), como abades, madres, frades, freiras, entre outros.
Há dois meses, Rute Agulhas revelou que o Grupo VITA enviou 14 casos de abusos sexuais na Igreja ao Ministério Público e 41 às Comissões Diocesanas, números que neste momento “já são um bocadinho superiores” mas só serão revelados amanhã na apresentação do primeiro relatório do trabalho desenvolvido por esta estrutura. Será ainda lançado o Manual de Prevenção da Violência Sexual contra Crianças e Adultos Vulneráveis no contexto da Igreja Católica em Portugal.