O Ministério do Ambiente e Energia anunciou, esta segunda-feira, mais 51 milhões de euros para valorizar e proteger o Litoral português.
Corpo do artigo
Os novos investimentos vão ser lançados em outubro e estão em causa projetos nas regiões Norte, Centro, Área Metropolitana de Lisboa, Alentejo e Algarve. Em várias cidades, a erosão costeira tem levantado problemas, nomeadamente o risco de derrocada das habitações junto ao mar.
Alguns dos locais que deverão ser intervencionados foram visitados, esta segunda-feira, pela ministra Maria da Graça Carvalho. Foi o caso das praias de Melides, em Grândola, do Portinho da Arrábida e de Galápos, em Setúbal, e da de São João, na Costa de Caparica. Em resposta ao JN, o Ministério do Ambiente e Energia diz que o aviso para as candidaturas "será aberto depois do verão", no entanto há várias intervenções que já estão identificadas há muito tempo.
Rua encerrada em 2023
Na zona da Arrábida, por exemplo, há o risco de queda de um bloco rochoso, de mais de mil toneladas, que levou ao fecho do troço da Rua Círio da Arrábida a 8 de fevereiro do ano passado. Em abril deste ano, o presidente da Câmara de Setúbal pediu uma reunião urgente à ministra do Ambiente, já depois de ter tido contactos com o anterior Executivo do PS.
“As intervenções no nosso Litoral devem obedecer a uma lógica de conciliação entre o serviço às pessoas, à economia e a defesa do nosso património natural”, apontou Maria da Graça Carvalho em comunicado. Em Esposende e na Figueira da Foz, têm crescido as preocupações da população e dos autarcas sobre as casas que poderão estar em risco de derrocada, devido à erosão costeira.
Segundo a Agência Portuguesa do Ambiente, entre 1958 e 2021, terão desaparecido cerca de 1320 hectares de terra, o equivalente a 1320 campos de futebol.