O Ministério da Saúde vai criar uma lista de medicamentos críticos, com preços de venda demasiado reduzidos. São fármacos importantes, mas cujo fornecimento ao mercado nacional pode estar em risco devido ao valor de comercialização. Nesses casos, que terão de ser identificados por especialistas, o Governo admite tomar "medidas" para garantir que não faltem nas farmácias nacionais.
Corpo do artigo
"Estamos a tratar de estabelecer uma lista de medicamentos de especial criticidade que são indispensáveis e, nesses casos, admitimos tomar medidas específicas para que não faltem de maneira alguma", declarou, este sábado à tarde, Manuel Pizarro.
O ministro da Saúde reconhece que a venda de medicamentos a um preço controlado tem um "efeito lateral indesejado. Alguns têm um preço tão baixo que é difícil que a indústria farmacêutica se mantenha interessada no seu fornecimento".
Garantir os stocks
Quanto ao controlo da venda de paracetamol (antipiréticos), de ibuprofeno (anti-inflamatórios) e de amoxicilina e azitromicina (antibióticos) para o estrangeiro, como avançou o JN na edição de ontem, o governante garante que o Infarmed está cumprir o seu dever.
Já o ministério está a monitorizar atentamente a situação, de modo a garantir que esses medicamentos não faltarão nas farmácias nem nos hospitais.
"Neste período com mais infeções respiratórias, há maior necessidade destes medicamentos. Temos de tomar as medidas adequadas para garantir que, em primeiro lugar, estão protegidos os portugueses. Não há motivo para alarme. Se a situação se mantiver, não vai haver carência", frisa Manuel Pizarro.