Durante a manhã desta segunda-feira, houve alunos que não puderam realizar provas de aferição devido à greve dos professores. Os diretores escolares acreditam que amanhã a protesto terá mais impacto, com muitas escolas a terem de fechar.
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As provas de aferição de Ciências Naturais e Físico-Química do 8º ano foram esta segunda-feira afetadas pela greve dos professores, à semelhança do que aconteceu com as provas de Português do 5º ano, realizadas na passada sexta-feira. Foram vários os alunos que não puderam realizar as avaliações e continuam sem garantias que possa existir nova data.
Manuel Pereira, presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares (ANDE), confirmou ao JN que "houve greve em muitas escolas". Não há serviços mínimos decretados para as provas de aferição e basta faltar o professor que tenha as "senhas" de acesso para que os alunos fiquem sem avaliações.
Já Filinto Lima, presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), ressalva que "não houve grandes constrangimentos" nas provas marcadas para esta segunda-feira.
No entanto, os dois diretores escolares acreditam que o dia de amanhã será marcado por uma greve muito mais expressiva. "Penso que amanhã a maior parte das escolas do país vão fechar", afirma Manuel Pereira.
A data desta terça-feira tem um grande simbolismo para os professores: 6.6.23, o tempo de serviço congelado por recuperar (6 anos, 6 meses e 23 dias). "É uma greve simbólica que representa o tempo que não contou para a progressão", explica Filinto Lima, salientando que a paralisação terá certamente muito mais impacto amanhã.
Tal como o JN noticiou, a expectativa do líder da Fenprof, Mário Nogueira, é que "centenas de milhares de alunos" não tenham aulas e que muitos do 5º ano não realizem as provas de aferição a História e Geografia.
Além da greve anunciada pelos nove sindicatos para esta terça-feira, estão previstas várias manifestações por todo o país, com destaque para as cidades do Porto e de Lisboa. No Porto os professores têm saída marcada do Campo 24 de Agosto às 10.30 horas e em Lisboa saem do Marquês de Pombal às 15.30 horas.
Segundo a Fenprof estão ainda marcados protestos em outras zonas: Monção, Braga, Vila Real, Bragança, Aveiro, Castelo Branco, Coimbra, Guarda, Leiria, Viseu, Santarém, Setúbal, Portalegre, Évora, Beja e Faro.