Há várias escolas do país onde não estão a ser realizadas as provas de aferição. Muitos professores estão a aderir à greve, decretada pelo S.TO.P.. Esta sexta-feira, é o dia da prova digital de Português para os alunos do 5.º ano.
Corpo do artigo
A greve está a afetar a realização das provas de aferição de português do 5.º ano. Há várias escolas de Norte a Sul onde não estão a ser realizados os exames digitais, porque os professores destacados para esta função aderiram à paralisação, decretada pelo S.TO.P., e que não tem serviços mínimos.
O S.TO.P. fará, ao início da tarde desta sexta-feira, uma conferência de Imprensa para fazer o ponto de situação dos efeitos da greve.
"Fomos apanhados de surpresa"
Na escola Júlio Dinis, em Gondomar, cerca de 200 alunos ficaram sem prova. "Fomos apanhados de surpresa. Na hora da prova, os pais começaram a receber telefonemas da escola, para avisarem que a prova não iria acontecer", conta Rui Barbosa, presidente da Associação de Pais.
Rui Barbosa admite que já existiam inquietações, por parte dos pais, em relação às condições por causa das provas serem realizadas em formato virtual. Além disso, acredita que o ano atípico tenha prejudicado os alunos. "Perderam imensas aulas. Há uma clara falha de componentes de ensino e vão transitar de ano com muitas lacunas", alerta.
A prova de História e Geografia de Portugal, para os alunos do 5.º ano, está marcada para a próxima terça-feira, mas os encarregados de educação já esperam que aconteça a mesma situação.
Manuel Pereira, presidente da direção da ANDE, Associação Nacional de Dirigentes Escolares (ANDE), adiantou, ao JN, que a greve está a acontecer em "muitas escolas". O diretor acredita que os protestos, por parte dos professores, vão continuar, até que o Governo solucione a situação. "Não vejo soluções à vista e, enquanto isso não acontecer, o ambiente de luta vai continuar", sublinha.
Já Filinto Lima, presidente da presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), afirma que há escolas em que os alunos ficaram sem prova, mas que, na maioria dos estabelecimentos de ensino, isto não aconteceu. O presidente da ANDAEP acredita que a greve dos professores será muito mais expressiva no próxima terça-feira.